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Maliki : Poison of the Past – Maliki finalmente chega aos jogos digitais em um título fofinho | Análise

O combate segue o padrão de RPG com batalhas em turnos e uma linha do tempo ditando a ordem de ataque de cada personagem

Analisado no PC


Maliki : Poison of the Past é um RPG desenvolvido pela Blue Banshee e distribuído pela Ankama Games. O título foi lançado em 22/04/2025 com versões para Nintendo Switch e PC.

Criada pelo quadrinista francês Souillon em 2004, Maliki finalmente sai dos quadrinhos e chega aos jogos digitais, com uma bela arte e uma boa trilha sonora. Maliki : Poison of the Past é um RPG bonitinho que só não se diverte mais por conta da falta de recursos de qualidade de vida e de sua repetição.

Em Poison of the Past nós iremos acompanhar a jornada de Sand, uma humana que é transportada para o Domínio depois de alguns eventos. O Domínio é uma região atemporal onde encontramos Maliki e nossas outras companheiras que junto com Sand precisam salvar a Árvore das mil raízes, utilizando seus poderes para viajar no tempo e limpar a linha temporal de Poison, o vilão que está corrompendo o universo. A história é no geral leve com alguns momentos interessantes, mas não é o suficiente para te prender e a falta de recursos de qualidade de vida, como um mapa ou mesmo um jornal de missões acaba afetando um pouco a progressão, pois em certos momentos você não sabe o que fazer, para onde ir ou os NPCs já visitados.

A jogatina segue o estilo JRPG com exploração de mapas abertos que inclui manipulação de terreno através de objetos e habilidades, além de inimigos no mapa de jogo que correm atrás de você e também podem ser ignorados através de caminhos ou da velocidade. A exploração é feita no controle de Sand que tem habilidade principal de retornar ou avançar o tempo, está que é essencial para transpor obstáculos e resolver alguns puzzles. Em determinados locais no mapa é possível alternar para uma das outras heroínas e nestes locais nós temos acesso às habilidades destas que nos possibilita manipular objetos e interagir com switches, tudo isso para com o mesmo objetivo de transpor o terreno, resolver puzzles e coletar itens.

Entre as etapas de exploração nós podemos voltar para o Domínio, este que é uma região segura que serve como base para o grupo. No Domínio é possível criar e melhorar itens além de também cultivar plantas para colher materiais e recursos, tudo funcionando com uma espécie de fazendinha. Este mapa seguro pode ser e será expandido no decorrer da campanha, aumentando assim a quantidade de recursos e o trabalho manual.

O combate segue o padrão de RPG com batalhas em turnos e uma linha do tempo ditando a ordem de ataque de cada personagem, as habilidades possuem efeitos específicos e os personagens e inimigos possuem fraquezas e resistências a estas. O diferencial aqui são os poderes temporais ditados por uma barra de medição que aumenta ao atacar ou realizar a ação de concentrar com o personagem. Estes poderes nos deixam manipular a linha do tempo, avançando ou retrocedendo a ordem de ataque, curando e restabelecendo os pontos de mana do personagem alvo e também podendo criar situações de combo, onde dois personagens atacam simultaneamente. O sistema é divertido, mas acaba ficando repetitivo com o tempo, pois existe uma quantidade razoável de confrontos e os inimigos acompanham o nível dos personagens, ou seja, todo combate tem um desafio e leva algum tempo.

A ambientação é legal e o jogo tem um visual fofinho com uma arte baseada no estilo Chibi, aquele onde os personagens têm cabeça grande e corpos pequenos. Os gráficos combinam modelos de personagem e cenário feitos em um formato que lembra bonecos de massa de modelar, intercalando diálogos e algumas cinemáticas com modelos no estilo cartoon. Apesar de termos diferentes biomas, não temos muita variação dentro destes, mas o cenário no geral é bem construído e temos diversos pontos de viagem rápida espalhados pelos mapas. A trilha sonora é boa e contém participação da banda francesa Starrysky, além de uma faixa feita pelo renomado compositor japonês Motoi Sakuraba, como uma cereja no bolo temos localização com legendas em PT-BR.

No final, Maliki : Poison of the Past é um RPG fofinho que serve como uma boa entrada para Maliki no universo dos jogos digitais. O título traz ideias interessantes, mas acaba ficando cansativo com o tempo e sua exploração é afetada pela falta de recursos citados mais acima. O preço cobrado é justo e eu posso recomendar este título para todos os fãs dos quadrinhos ou para quem se interessar, do contrário é melhor esperar por uma promoção.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de Maliki : Poison of the Past:

Maliki : Poison of the Past

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Arte
  • Trilha sonora
  • Mecânicas interessantes

Negativos

  • Faltam recursos de qualidade de vida
  • Repetitivo
  • Alguns puzzles simples demais

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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