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Confira nossa análise de Zelda: Breath of the Wild

Confira nossa vídeo análise:

Anunciado pela primeira vez em 2013 com o nome de Zelda U, jogo o seria exclusivo para o então console de mesa da Big N, em 2014 as primeiras imagens foram mostradas e apenas em 2016 após vários adiamentos conhecemos o subtítulo do jogo, agora chamado de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, jogo de ação e aventura em mundo aberto desenvolvido e publicado pela Nintendo para os consoles Wii U e Switch.

Como é recorrente na série a história gira em torno da princesa Zelda, Link e o vilão Ganon, aqui conhecido como Calamity Ganon, o jogo se passa 100 anos após os eventos acontecidos em Ocarina of Time, durante esse tempo nosso protagonista esteve adormecido até ser acordado por uma misteriosa voz dentro do Shrine of Resurrection, logo em seguida recebemos o Sheikah Slate (qualquer semelhança com o Wii U Gamepad ou com o Switch não são mera coincidências), além disso, Link está sem memórias e nossa função é descobrir quais acontecimentos ocorreram em Hyrule nesse período, libertar as Divine Beasts, reunir forças para lutar contra Ganon, salvar a princesa Zelda e reestabelecer a paz no reino.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild conta com uma história rica, dramática e complexa, diversos personagens conhecidos de outros jogos, principalmente Ocarina of Time, são citados para explicar os acontecimentos que trouxeram Hyrule até onde está, além disso, muitas memórias da princesa Zelda e do próprio Link contam fatos ocorridos.

Os personagens tem muito destaque na história do jogo e não são apenas os principais, muitos NPC’s estão presentes e expandem a aventura, entre eles estão Impa em Kakariko Village, Kass esta sempre perto de uma Shrine Quest, cientistas malucos, crianças incrivelmente inteligentes, construtores apaixonados, Zoras rabugentos, até um robô mercenário que não consegue nos chamar pelo nome, sem esquecer do Kilton, pra mim um dos mais engraçados, além dos povos já conhecidos como os Goron, Zora, Gerudo entre outros. Algo notável em Breath of the Wild é como a princesa Zelda está ativamente envolvida na história nesse jogo.

A jogabilidade deu um salto tão grande que é até difícil de explicar, calma, Link não está usando armas de fogo e voando em jatos supersônicos, não é nada disso, mas muito do que conhecíamos do universo Zelda mudou, então vou começar pelo básico, em jogos anteriores quando recebíamos um dano perdíamos parte da vida, mas ao matar o inimigo quase sempre recebíamos um coração, ruppes ou itens, esqueça isso, não existe mais, quando enfrentamos o inimigo ele costuma deixar apenas a arma/escudo que estava usando e partes que restam de seu próprio corpo, mas nesse momento você deve estar pensando “como eu consigo os itens necessários?”, pois é, o Link agora é um acumulador, isso mesmo, praticamente tudo que existe no gigantesco mundo do jogo pode ser colecionado, vendido ou consumido de forma crua, em poções ou preparando receitas em “panelas” espalhadas pelo mapa do jogo.

E falando em mundo gigantesco, isso influência muito no jogo, o reino de Hyrule nunca foi tão grande como está em Breath of the Wild, ele é 12x maior que o presente em Twilight Princess (até então era o maior) e tem tamanho equivalente ao da cidade de Kyoto (onde fica a sede da Nintendo), regiões conhecidas como a Death Mountain, o deserto de Gerudo, Zora’s Domain e a floresta de Lost Woods estão presente nesse vasto mapa, e quão difícil é cruzar uma região para a outra, como é longo chegar de uma torre Sheikah para a outra, mas felizmente os desenvolvedores deram várias funções para o nosso Sheikah Slate, ativadas por runas, entre elas estão o de teleporte, dois tipos de bombas, a possibilidade de controlar objetos metálicos, parar o tempo de objetos e inimigos por poucos segundos, criar blocos de gelo na água, função de câmera, binóculos e GPS para localizar Shrines e objetos previamente cadastrados na galeria, ufa, quanta coisa!

Nos Shrines sempre temos um desafio para provar nosso valor, podendo contender de um a três baús com itens e armas além das Spirit Orbs, usadas para aumentar contêineres de coração e rodas de estamina, preste bem atenção na estamina, o Link usa pra tudo, para adquirir qualquer um dos itens são necessárias 4 orbs ao rezar para as estátuas da Deusa Hylia.

Mas calma, não acabou ainda não, todos os botões do Gamepad e dos Joy-Cons são usados por esse jogo, uma vez que nele Link pode correr, pular, atacar, escalar, atirar flechas, travar a mira no inimigo, mudar a runas usadas, arremessar armas, planar, agachar e alternar entre tipos de armas e escudos, são diversos tipos de lanças, espadas, machados, marretas, boomerangs, podem ser de aço, de madeira, possui ataques elétricos, de fogo, de gelo, maior durabilidade, aumento de dano… E as roupas? Sim roupas, sabe aquela clássica túnica e gorro verde? Então não precisa esquecer que elas existem no jogo, mas as roupas temáticas são necessárias demais, roupas pra escalada fazem Link subir mais rápido, roupas contra o frio impedem que ele receba danos por conta da baixa temperatura, roupa de borracha contra eletricidade, roupa de soldados para maior defesa, de caçador para maior ataque, precisa ir pra cidade de Gerudo, roupas de mulher, isso mesmo em Gerudo nada de homem, vai pra Goron City? Melhor tomar uma poção pra não fritar Link no caminho e lá comprar as roupas contra o calor da Death Mountain…

No jogo cada Divine Beast tem sua habilidade, Vah Ruta é um elefante, está em Zora’s Domain e representa água, Vah Rudania é uma salamandra, está na Death Mountain, representa o fogo, Vah Medoh é um pássaro, está em Rito Village, representa o ar e por fim, mas não menos importante temos Vah Naboris, um camelo, representa a eletricidade, cada um deles com chefes especializados nesses elementos, vão interferir bastante na forma de enfrentá-los.

Mas nesse ponto da análise você deve ter se perguntado, “onde está a Master Sword?”, pois é, está sendo protegida pela Deku Tree, na Korok Forest, dentro de Lost Woods, boa sorte para acha-la e conseguir tirar ela do pedestal.

Eu poderia ficar horas falando sobre, mas vamos em frente, os gráficos do jogo são maravilhosos, a direção de arte é estupenda, não existe nada que você diga que está feio, ainda mais levando em conta o hardware que ele está usando, no caso do Wii U sendo alinhado por baixo e até mesmo o port para o Switch não tem mudanças tão significativas assim, a trilha sonora é incrível, toda orquestrada, com músicas novas e outras releituras de clássicos da série, pela primeira vez personagens do jogo tem voz, sim, Zelda, os Campeões de cada Divine Beast, Impa e alguns outros têm voz, Link continua mudo mesmo… Infelizmente o jogo não conta com legendas em português.

Alguns pontos negativos a destacar, algumas armas quebram muito rápido, você precisa o tempo todo de novas, expandir o inventario do Link é um saco, temos que ficar caçando koroks para receber sementes e trocar por expansão, são “só” 900 no jogo, Shrines são 120, mas o pior ponto negativo é a queda constante da taxa de quadros, tem horas que fica nítido que o jogo está dando umas travadas violentas.

Apensar de pequenos pontos chatos não há como negar que esse é o maior jogo da franquia e acredito eu um do melhores jogos já feitos tanto pela Nintendo e até mesmo pela industria, parece que a Big N conseguiu se superar novamente, por isso não há como não dar com louvor um selo Platina da Gamers e Games para The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Acompanhe as primeiras horas do jogo:

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.

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