Wonder Boy: Asha in Monster World – Diversão pura num remake de respeito | Análise
Jogo é baseado no Monster World IV, clássico de 1994 para o Mega Drive
Analisado no PlayStation 4 Pro
Wonder Boy: Asha in Monster World é um remake do jogo de 1994 para o Mega Drive, o Monster World IV, esta nova versão é fruto de trabalho e parceria entre o estúdio desenvolvedor Monkey Craft, a Publisher das versões digitais STUDIOARTDINK e da Publisher das versões físicas ININ Games. O jogo está sendo lançado hoje, dia 28 de maio de 2021 para PlayStation 4 e Nintendo Switch, a versão de PC chega dia 29 de Junho.
Um detalhe bastante importante, a versão física deste título trás no pacote a versão original do jogo no Mega Drive, em uma emulação muito boa diga-se de passagem, além de outros itens muito bacanas.
Tudo começa quando pelas ordens do vilão os quatro magos – mago das chamas, mago das águas, mago do gelo e mago das nuvens – capturam e aprisionam os espíritos que protegem a ilha do mal, quando isso acontece Asha, nossa guerreira, começa a ouvir pedidos de socorro vindos da rainha Praprill XIII. Com tudo isso acontecendo Asha parte para sua aventura com um equipamento básico e alguns itens que recebe de seus familiares em Estafan Village.
A meta é chegar até a capital Rapadagna e conquistar o título de guerreira, dado pela rainha Praprill XIII, mas antes disso precisamos atestar os valores e capacidades de Asha na primeira dungeon do game, a Tower of Silence, é nela que conquistamos nosso primeiro tesouro e prova de que Asha é uma guerreira, a Lâmpada do Gênio, esse item além de ser muito útil trás talvez o personagem mais marcante do jogo, o Gênio é sarcástico, engraçado e tem uma função bastante importante, ele é capaz de levar você de qualquer ponto do game de volta até a capital. No caminho até essa dungeon também conhecemos o Sábio, um velho conhecido (velho mesmo) que faz uma brincadeira e referência ao jogo antigo, ele vai instruir e dar algumas dicas por toda a aventura, ou melhor, eles, são uma equipe de Sábios.
Ao chegar na capital Asha segue direto conhecer a rainha Praprill XIII, que lhe concede o título de guerreira liberando assim acesso ao cofre do castelo e lá consta o item mais importante do jogo, um ovo de Pepelogoo, mas não qualquer um, o Pepelogoo de Asha é raro, azul e muito especial, ele é o seu companheiro de aventura e interfere muito na jogabilidade do game. Com o Pepelogoo ao seu lado você tem toda a cidade de Rapadagna livre para explorar, lojas, vendedores de rua, crianças brincando, uma vidente amedrontada e uma loja bastante suspeita… Além disso o templo está disponível para acesso ao altar dos espíritos, dando acesso as demais dungeons do game com o uso certo das medalhas de cada pilar.
Daqui pra frente tudo é bastante linear como é de se esperar, cada dungeon tem um tema relacionado ao seu espírito, ou seja, fogo, água, gelo e ar, é nos dungeons que vemos a jogabilidade ágil de Asha se sobressair, ela golpeia com sua espada em 4 direções, frente, traz, baixo e cima, inclusive a função de golpe para baixo é uma das mais úteis para ativar combos em inimigos que estão enfileirados, Asha ainda pode usar seu escudo para se defender de projéteis e ataques e acumular Magical Hit, um golpe super poderoso pode ser desferido quando o medidor está cheio, a acumulação dessa magia depende da espada que o personagem está usando. Pepelogoo amplia a lista de movimentos e possibilidades do jogo, desde o básico pulo duplo, planar para atingir uma maior distancia em saltos ou seu uso em situações de extremo calor, frio e adivinhar alguns segredos, de fato, essa pequena criatura faz toda diferença.
Um dos pontos importantes do game é a de dar diferentes possibilidade de gameplay ao jogador, mudança de acordo com os dos equipamentos usados, são três itens que podem ser atualizados ou mudados e dão melhorias ao set de Asha, primeiro são as espadas, elas podem ser mais fortes, acumular mais magia em menos hits, ou ainda as duas coisas, os escudos podem ser do tipo elemental, que são mais eficientes contra tipos específicos de ataques mágicos, esses são bons contra quase tudo menos golpe físico, e por fim mas não menos importante, os braceletes, que conferem um maior número de corações à Asha, todos podem ser comprados com os mercadores na capital. Outro item importante são os “Life Drops”, pequenas gotas de vida que podem ser coletadas pelo game, somando 10 Asha ganha um novo coração azul.
Este remake é apresentado no visual 2.5D, ou seja, todo o jogo é renderizado com polígonos em 3D, mas sempre apresentado um plano 2D, ao meu ver isso caiu muito bem ao jogo, que apresenta movimentos de cena e profundidades que obviamente não eram possíveis em seu antepassado 16 Bits, outro ponto de destaque é o quão fiel o jogo é em diversos pontos, desde o design dos personagens, inimigos, chefes e até mesmo todo o tema do jogo com o estilo que remete ao Oriente Médio. A trilha sonora foi retrabalhada e está melhor que nunca, as músicas já eram boas e ficaram ainda melhores, destaque para a música do Gênio, de Rapadagna noturna e da última dungeon.
Um detalhe importante, o jogo não tem localização ao nosso idioma, mas isso não interfere de forma alguma jogá-lo e aproveitar cada momento, além disso, a dublagem em japonês tem um toque especial que por algum motivo combina demais com o game.
No geral o Wonder Boy: Asha in Monster World foi um jogo que me trouxe muita diversão, ele é simples de pegar e jogar mas com muitos elementos que se aprofundam e dão mais interação no jogo, os únicos pontos que me incomodaram no título foi o tempo de conclusão, que não é muito longo, a não possibilidade de comprar poções de medicina para cura, ficando dependendo apenas das máquinas de vendas de corações do Gênio (que nem sempre estão disponíveis e tem recursos limitados) e o desafio que começa um pouco forte mas conforme você atualiza seu equipamento fica fácil fácil (mesmo na dificuldade normal). Com tudo isso em mente posso dizer com exatidão, se você jogou o título original no Mega Drive esta é uma ótima versão que honra o legado da série, agora se você não jogou é um título mais que obrigatório para os fãs do gênero.
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