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Lost in Random – Um mundo regrado pela sorte | Análise

Jogo da Zoinc Games mostra que novas ideias são sempre bem vindas, mesmo que não sejam perfeitas.

Analisado no PlayStation 5


Não tem como passar desapercebido por Lost in Random, jogo produzido pela Zoinc Games e EA. 

Já que começa, seu estilo gráfico nos impressiona, lembrando e muito todo o estilo visto no filme O Estranho Mundo de Jack. Mas, o jogo é muito mais que apenas um estilo bonito e é isso que vamos discutir em nossa análise. 

O game se passa em um mundo sombrio chamado Random, onde existem seis reinos, governados por uma maldosa Rainha. Se não bastasse tudo isso, as leis são definidas através de dados mágicos, como por exemplo em qual dos reinos as crianças irão viver. 

É a partir daí que entramos no jogo, na pele de Even (par), que é separada de sua irmã Odd (ímpar) que ao tirar um seis, é levada ao reino de Sixtopia. Mas Even não descansará enquanto não encontrar novamente Odd e traze-la de volta a Onecroft, mas para que isso ocorra teremos que vivenciar uma grande aventura. 

Nessa jornada, a boa notícia é que Even não estará sozinha, contando com a ajuda de Dicey, um dado-vido que foi dado como extinto. Essa amizade é crucial ao jogo, pois os dois criam um vínculo que influencia em toda a jogabilidade como veremos a seguir. 

Já que começa o jogo percebemos que o combate é o elemento mais importante, sendo ele executado em uma combinação de um jogo de dados combinado com construção de decks de cartas.  

A ideia é sempre acertarmos os cristais dos inimigos, retirando cartas dos oponentes e energizando Dicey, assim podemos usar as cartas, que seriam como magias, poções de cura, arcos ou até espadas, tudo determinado pelo número que o dado de Dicey cair.  

Apesar de parecer complexo, o combate no jogo é bem tranquilo, com uma curva de aprendizagem rápida, então, fique tranquilo quanto a isso. A variedade de inimigos também foi boa, o que proporcionou boas lutas, mas atenção, algumas batalhas podem ser bastante longas, o que muitas vezes acaba ficando um pouco maçante. 

O que acabou sendo fraco mesmo foram as chamadas missões secundárias, que basicamente são quebra-cabeças, mas mostrou um lado chato e desinteressante do jogo. 

Já em termos visuais, Lost in Random, mostra o seu lado mais forte, com um visual incrível, que mesmo comparada a alguns filmes, se mostra muito original, apesar de simples. Já em relação ao som, há ainda alguns problemas como em muitas cenas não ter sincronia entre os movimentos da boca e som, mas nada que incomode muito. 

Lost in Random mostra que jogos indies podem e devem procurar novos caminhos, e isso encontramos aqui. As ideias, novas e frescas, são sempre bem vindas, mesmo que muitas vezes não sejam perfeitas. 

O game merece uma chance, até porque ele não é só muito bonito, mas competente em muitas coisas que se propôs. As mais de 10 horas do jogo são bastante prazerosas e mostra que a Zoinc Games está no caminho certo, a de procurar alternativas para fugir da jogabilidade básica dos games de hoje em dia. Então, uma boa aventura. 

 

Lost in Random

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • História
  • Jogabilidade diferente
  • Visual gráfico

Negativos

  • Missões Secundárias
  • Combate repetitivo
  • Sem motivos para exploração

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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