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REVEIL: Satisfatoriamente esquecível | Análise

A direção de arte tornou o jogo visualmente satisfatório, com cenários bem feitos e detalhados de maneira singular.

Analisado no PlayStation 5

Surfando em uma onda de jogos de terror focados em narrativa de 1ª pessoa, um pequeno estúdio chamado Pixelsplit decidiu ousar e apresentar uma impressionante direção de arte que acaba falhando em outros fatores e explica o título e conteúdo dessa análise.

Na pele de Walter Thompson, seremos jogados em uma realidade cuja atmosfera é alternativa e fragmentada pela amnésia que o protagonista sofre. Nada de novo até aqui, afinal, este é um pano de fundo da maioria dos jogos de terror, onde um protagonista confuso desperta cheio de perguntas e incertezas que vão sendo decifradas à medida que vamos progredindo no jogo por meio de coletas e explorações.

REVEIL

As informações que obtemos de forma rápida são por meio de pequenas interações com documentos e objetos coletados. Conseguimos descobrir que Walter procura desesperadamente sua filha Dorie e sua esposa Martha. Outra informação revelada logo é que de alguma forma, todos eles estão ligados a indústria circense. Utilizar o tema circo é arriscado, porém muito eficaz, uma vez que o conceito narrativo oferece uma construção promissora dentro do gênero, fazendo uso de elementos que carregam a bagagem circense de uma forma que se inclina ao terror, dentro de um espectro artístico bastante alusivo por parte da direção. Mas apesar de tanta expressão positiva por conta desta linha de trabalho, REVEIL se mostra fraco ao entregar uma história clichê batida, dentro de uma experiência de jogo tão curta.

A direção de arte tornou o jogo visualmente satisfatório, com cenários bem feitos e detalhados de maneira singular. Embora tenhamos alguns problemas nas texturas, podemos levar em consideração o tamanho do estúdio, e claro, o orçamento que eles tinham. E essa limitação orçamentária fica muito clara quando o jogo começa a ficar repetitivo em seus cenários, tornando a experiência um pouco cansativa, apesar de curta. A impressão que fica é de que mal aproveitaram o pouco que tinham.

REVEIL entrega uma jogabilidade simplista, sem macetes, até porque trata-se de um walking simulator, ou seja, não tinha muito para fazer mesmo. O protagonista anda, corre, agacha e interage com objetos dispostos nos cenários. Os puzzles não são complexos e oferecem pouco ou nenhum desafio em sua execução. Em REVEIL não temos momentos de terror propriamente ditos, apenas um uso excessivo de elementos que buscam o jumpscare através de bonecos que pulam em algum canto do circo soltando um berro chato que corta imediatamente a tensão que deveria estar ali.

REVEIL

Walter é um personagem que sofre com uma dublagem sem emoção e sem contexto em determinados cenários. Se ele fosse mudo, talvez tivéssemos menos tédio no jogo. A trilha sonora do jogo em contrapartida, se mostra muito interessante. As músicas que a compõem criam uma atmosfera mais sombria, o que acaba destoando do protagonista inexpressivo.

No geral, REVEIL é um jogo comum e esquecível, com uma direção de arte bastante promissora e interessante, mas que abraçou a mediocridade. É uma experiência que francamente, não tem o porque ser vivida.

REVEIL

5

Nota

5.0/10

Positivos

  • Direção de arte
  • Trilha sonora

Negativos

  • Jogo curto
  • Monótono e entediante

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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