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Bright Memory: Infinite – Um jogo ou uma demo? | Análise

Bright Memory: Infinite é legal, mas sua curta duração faz com que nada seja bem desenvolvido

Analisado no PC


Bright Memory: Infinite é um FPS que mistura tiroteios com combate corpo a corpo, desenvolvido por FYQD-Studio e distribuído por FYQD-Studio, PLAYISM, foi lançado em 11/11/2021 para PC com versões para Xbox Series planejadas para o futuro.

Bright Memory foi inicialmente um projeto desenvolvido pelo estúdio de um homem só FYQD e lançado para PC em 2019. O projeto chegou trazendo uma abordagem diferente e impressionou muita gente, porém o mesmo contava com vários assets copiados de outros jogos e seu lançamento foi feito no formato de capítulos, tendo sido lançado somente o primeiro destes.

Bright Memory Infinite

O tempo passou, o projeto foi interrompido com o desenvolvedor anunciando que estava trabalhando em um novo jogo. “Bright Memory: Infinite” é baseado naquele game e que todos que adquiriram Bright Memory iriam receber uma cópia gratuita do novo jogo quando este fosse lançado. Mais tempo se passou e o inusitado aconteceu, Bright Memory: Infinite foi anunciado pela Microsoft como um dos jogos de lançamento dos novos Xbox Series, mas apesar da expectativa isso não aconteceu.

Bright Memory: Infinite finalmente foi lançado dia 11 de Novembro, o jogo tem a mesma pegada do primeiro projeto, porém peca na história, repetição e tempo de jogo. Apesar de ser um título diferente e legal, na minha opinião Infinite não consegue superar os confrontos e a diversão do primeiro jogo.

Bright Memory Infinite

Na história temos, viagens no tempo, um buraco negro e bastante tecnologia, basicamente tudo para quem gosta de ficção científica ficar querendo mais. Nessa aventura nós iremos acompanhar Shelia, uma operadora da Organização de Pesquisa Científica Sobrenatural (SRO), que é enviada para estudar eventos que estão acontecendo após a aparição de um buraco negro há alguns quilômetros de uma cidade. Como disse a trama é bem interessante, porém o jogo é curto e nada apresentado é bem desenvolvido, o final do jogo é aberto e por isso para entender o que está acontecendo de forma mais profunda teremos de esperar por uma DLC ou alguma continuação.

Bright Memory Infinite

O que mais impressiona e diverte em Bright Memory é o combate. O primeiro projeto introduziu uma mistura de FPS com combate de espadas, Infinite utiliza da mesma base porém expande bastante o conceito. O combate é baseado entre escolher qual meio será mais efetivo para se enfrentar cada tipo de inimigo, sejam as armas de fogo e os diferentes tipos de munição ou a espada e seus ataques especiais. Temos inimigos que utilizam armas de fogo e outros que vão te atacar corpo a corpo, o ritmo é acelerado e não existe muito tempo para ficar parado pensando, a diversão é garantida mas ela dura pouco.

Bright Memory Infinite

O primeiro jogo era curto e durava pouco mais de 30 minutos, porém esse tempo era recheado de ação do início ao fim. Bright Memory: Infinite continua curto, embora tenha mais conteúdo do que o primeiro projeto, ele pode ser terminado em cerca 1:30h e infelizmente uma porção desse tempo será gasto assistindo cutscenes que não podem ser puladas e com uma parte de “stealth”. Sim, o jogo tem uma capítulo furtivo que foi extremamente mal desenhado e não faz sentido algum, basicamente é uma perca de tempo, mas isso não é tudo, também temos de enfrentar uma sequência pilotando um carro e conviver com alguns bugs.

Assim como o primeiro projeto, Infinite possui belos gráficos e os velhos modelos copiados foram substituídos por modelos únicos. No geral o jogo é muito bonito, existem vários detalhes em seus modelos, mas o melhor é a iluminação que foi muito bem feita e cria cenários dignos de fotos. Os efeitos sonoros são legais, porém em alguns cenários eu notei um atraso no áudio, algo que pode ser corrigido com atualizações.

Bright Memory Infinite Bright Memory Infinite

Em relação a performance o jogo se mostrou sólido, rodando sempre acima dos 60 quadros com gráficos altos, contudo os crashes foram recorrentes enquanto utilizava o modo DX11 e eu não consegui passar de um ponto da história. A solução dos problemas foi utilizar o modo DX12 que diminuiu bastante a quantidade de crashes, embora eles ainda ocorram mesmo após as últimas atualizações.

No final Bright Memory: Infinite é legal, mas sua curta duração faz com que nada seja bem desenvolvido e a experiência final é a de estar jogando uma demo e não um jogo completo. O preço é um pouco salgado pelo o que o jogo entrega e por alguma razão o desenvolvedor resolveu vender DLCs que mudam o traje do personagem, só que ele esqueceu que o jogo é em primeira pessoa. Por causa da curta duração, do preço e de um futuro incerto, eu prefiro recomendar este título somente para quem realmente se interessou e mesmo assim a melhor opção seria aguardar uma promoção.

• Caso tenha interesse, é possível ler a análise do acesso antecipado do jogo clicando aqui.

Confira Bright Memory: Infinite sendo jogado durante está Live:

Bright Memory: Infinite

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Combate
  • Divertido

Negativos

  • Parece mais uma demo
  • Curto
  • Preço
  • Bugs

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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