Granblue Fantasy Versus: Rising – Uma sequência com cara de DLC | Análise

Granblue Fantasy Versus: Rising melhora os sistemas em praticamente todos os sentidos

Jeferson Vasconcelos13/12/2023Última Atualização 15/12/2023

Analisado no PC

Granblue Fantasy Versus: Rising é um jogo de luta 2.5D desenvolvido pela Arc System Works, publicado pela Cygames, Inc e distribuído na América Latina pela Nuuvem. O título está com data de lançamento prevista para 14/12/2023 com versões para as plataformas PC e PlayStation 4|5.

Como uma sequência de Granblue Fantasy Versus (2020), Granblue Fantasy Versus: Rising corrige e melhora os sistemas de seu antecessor, adicionando um novo ato e introduzidos novos personagens, uma experiência que apesar de boa tem cara de DLC.

Sem spoilers, em Granblue Fantasy Versus nós acompanhamos a jornada de um grupo de heróis batalhando para salvar seu mundo. Apesar de ser um jogo de luta a história é contada através de um modo RPG que traz um sistema inspirado em beat ‘em up, colocando o jogador para realizar missões de combate que são intercaladas por diálogos e cinemáticas dignas de anime. Rising traz todo o conteúdo do jogo original, adicionando um terceiro ato que segue a mesma receita com missões, diálogos e cinemáticas, temos novos personagens e a possibilidade de pular os dois primeiros atos para quem já jogou o jogo anterior. O foco da nova história é tecnicamente a trama, temos mais diálogos e menos combates, estes que tem o foco maior em batalhas contra chefes, uma jornada que traz algumas revelações e finalmente a uma conclusão.

Lançado em 2020, Granblue Fantasy Versus nos apresentou a uma jogabilidade divertida e simples, com um sistema de habilidades facilitado, sendo este um dos jogos do gênero mais amigáveis para os jogadores novatos. Apesar da experiência ter uma base sólida, o jogo sofreu com instabilidades no seu modo online e com uma monetização agressiva que continha um passe de temporada e personagens adicionais que chegavam com um preço um pouco salgado. Rising chega para corrigir os erros e melhorar a experiência, o novo jogo traz em sua versão base todos os personagens do anterior, adicionando novos e melhorando os sistemas de combate.

Já de início é possível notar as diferenças, Rising chega com uma interface completamente refeita, os menus estão modernos, bem intuitivos e você não vai perder tempo navegando por abas para achar a opção desejada. O novo jogo traz 28 personagens em sua versão base, sendo que destes 24 são do jogo anterior e 4 são novos, mais personagens serão adicionados no decorrer do próximo ano com 6 já confirmados. Para jogar é possível escolher entre os modos arcade, versus, história, online e treinamento, este último que traz diferentes situações para você poder aprender e treinar combos.

Como dito acima, o jogo tem em seus fundamentos um combate simples e intuitivo que traz um sistema de habilidades simplificado, não exigindo que o jogador tenha de decorar centenas de movimentos diferentes. Tudo aqui é baseado no velho conjunto de meia lua e ataque, com a adição do sistema simples onde você literalmente aperta R1 e algum botão direcional para realizar um movimento especial. O sistema de combate base não foi alterado, mas foram adicionados novos combos aos sistemas que chegam com a possibilidade de realizar ataques ao correr, os “Dash attacks” que ajudam a manter a pressão no inimigo e os ataques triplos que funcionam como um combo automático ativado ao apertar o botão de ataque três vezes seguidas.

Além desses também tivemos algumas alterações nas mecânicas de block e counter, agora o jogo conta com ataques Skybound, Raging, Counters e Ultimates. Todos esses podem ser usados para finalizar, arremessar, anular ou até quebrar a defesa do oponente, claro que eles chegam com um custo para serem utilizados e um tempo de animação que às vezes abre brechas para o oponente.

O modo online no primeiro jogo era problemático e para melhorar a experiência, em Rising temos a adição de rollback netcode funcionando juntamente com crossplay entre plataformas. As partidas online podem ser jogadas de modo casual ou competitivo, com opções de jogo que incluem salas privadas, mas essas são só uma parte do modo online e Rising promete uma experiência diferente, com um lobby interativo repleto de minigames onde os jogadores podem interagir através de avatares feitos no estilo chibi. Infelizmente os servidores só estarão ativos a partir do lançamento e por isso não pudemos testar os recursos do modo online.

Rising será lançado em três versões, a base, deluxe e gratuita. O jogo base é o jogo completo sem adicionais, a deluxe traz como adicional o passe de temporada, skins e 72 horas de acesso antecipado na versão de PlayStation que também recebe avatares para PSN. A versão gratuita traz limitações, aqui você tem acesso somente ao primeiro ato da história e a 4 personagens, onde Gran sempre estará disponível e os outros 3 personagens irão rotacionar, além dessas temos limitações no modo de treinamento e online, contudo na versão gratuita será possível jogar partidas casuais e ranqueadas.

No final a experiência é excelente, Granblue Fantasy Versus: Rising melhora os sistemas em praticamente todos os sentidos e a impressão que fica é a de que esse era o jogo que os desenvolvedores queriam ter feito inicialmente. Infelizmente Rising será lançado como um título separado e dada as similaridades, o jogo acaba ficando com cara de DLC, pois tudo aqui poderia ter sido lançado como uma atualização do jogo original, visto que a base dos sistemas são as mesmas incluindo as animações dos personagens. O preço cobrado é justo e quem não tem o primeiro jogo com certeza deve optar por esta versão, já para quem possui o original esta é uma boa atualização, contudo levando em conta os valores gastos no primeiro título, é mais interessante esperar por uma promoção.