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The Lost Child – Confira nossa análise

The Lost Child é um RPG com várias sequências de aventura, onde temos que adquirir informações em diferentes locais para avançar na história. Os combates funcionam por turnos, e capturam criaturas com diferentes habilidades para usar em batalha. O jogo nos apresenta Hayato Ibuki, um jornalista especializado em ocultismo, que encontra uma mulher estranha durante a sua investigação a uma série de estranhos suicídios.
O começo

O jogo contém muitos elementos estratégicos, uma tonelada de quebra-cabeças, investigações para concluir, evolução mecânica, e muitos elementos de RPG também. Isso sem mencionar as interações no estilo “Visual Novel” (com imagens estáticas) e o peculiar humor japonês durante o jogo todo. Começamos a aventura já conhecendo Hayato Ibuki, enquanto ele está investigando uma série de suicídios misteriosos em uma estação de metrô em Shinjuku. Hayato é um repórter de uma pequena revista ocultista, então todas as coisas paranormais e sobrenaturais são o seu tipo de coisa favorita!

O que é?

Então, o que é um Dungeon Crawler, e como The Lost Child expande esse gênero?
(eu não sabia, tive que pesquisar, afinal, essa é a minha primeira experiência aprofundada com esse gênero).
Se você já jogou jogos como Etrian Odyssey, Wizardry, Might and Magic, Demon Gaze ou até Ultima, então você jogou um jogo Dungeon Crawler. A premissa geral é que você é colocado em uma masmorra, sem mapa, e você deve trabalhar em primeira pessoa enquanto desenha o mapa. O Etrian Odyssey fez isso de forma diferente, já que você tinha literalmente desenhado o mapa na tela inferior do 3DS, mas os outros costumam descobrir o mapa enquanto você caminha. Geralmente dentro desses jogos, você também tem a habilidade de levar um grupo de pessoas para combater os inimigos que encontrar, às vezes a ação é em tempo real e outros, como The Lost Child, em uma mecânica baseada em turnos que é similar a antigos jogos de Final Fantasy.

Objetivos

Um dos seus objetivos ao longo de sua jornada celestial é capturar e “domar” todos os astrais (como se fosse Pokemon). Isso não significa que eles parem de aparecer nas masmorras para batalhas, mas isso significa que você pode pedir ajuda a eles para enfrentar seus companheiros malignos. Capturar uma criatura é fácil, durante a batalha, você seleciona a opção e escolhe qual bala Gangour usar (você desbloqueia muitos tipos diferentes de balas ao longo do jogo, todas com suas próprias forças e fraquezas em certos inimigos). Você nem precisa machucar o oponente se o seu Gangour Meter estiver em um nível decente, apenas atire e observe o mal sendo capturado.

Depois de capturar um Astral, você não poderá usá-lo imediatamente. Você deve primeiro purificá-lo (domar) para que ele siga todos os seus comandos. Isso é simples, você usa uma pequena quantidade de “karma elementar” (que você ganha ao destruir inimigos desse tipo) e, uma vez purificado, pode ser adicionado à sua equipe. O karma elementar é muito importante, pois existem quatro tipos de experiência / karma no jogo. Cada Astral tem três etapas. Cada vez que você atingir um “muro de atualização nivelado”, você deve visitar o Sacerdote, e ele desbloqueará a nova evolução da criatura. Isso não apenas redefine níveis de estatíscas básicas, mas também muda sua aparência e até mesmo lhe dá novas habilidades para usar na batalha.

O gráfico

O jogo é lindo! Cada camada tem seu próprio design e sentimento distintos do subsolo de Minakami até a área de esgoto abaixo de Umeda. Cada um parece diferente, e vem com seus próprios inimigos e armadilhas (em alguns casos). Há cutscenes de anime entre os segmentos de “Visual Novel” enquanto você patrulha as várias camadas, investiga ou progride a história. O design dos aliados também é uma das principais características (como todos os outros parecem iguais, em relação aos humanos), com cada um parecendo exatamente como sua personalidade os retrata.

O som

Em termos de sonoridade, o jogo tem um ar bem oriental. Eu não sei o que é, mas a música na maioria das camadas, e os efeitos sonoros quando você vence uma batalha, soa como se você estivesse em meio àqueles carnavais japoneses. Isso não é uma coisa ruim, apenas uma observação. Você também pode escolher entre os idiomas inglês ou japonês, que é onde o jogo peca. Não tiveram o trabalho de dublar ou legendar o jogo. Eu escolhi o inglês, mas meu primeiro pensamento foi: E quem não é fluente, como faz? A impressão que dá, é que os gamers latinos, não são tão importantes.

Considerações

No geral, eu me diverti bastante jogando The Lost Child. Os enigmas são frustrantes, mas satisfatórios para serem concluídos, especialmente visto que literalmente não há guias ou informações on-line, então tive que resolver tudo sozinho, e a mecânica central funciona muito bem, pois combina o aspecto Dungeon Crawling com o JRPG e Aspectos de Pokemon / Persona. Imagino que o jogo atraia apenas um pequeno nicho de pessoas, mas recomendo que você dê uma chance ao jogo e fique de olho nele, caso algum comentário meu o tenha deixado curioso ou interessado.

Veredito

The Lost Child é um grande jogo. Alguns elementos funcionam muito bem, a história, os diálogos, o combate e os próprios quebra-cabeças. No entanto, também tem problemas com a falta de rastreamento de suas investigações, a falta de legendas em outros idiomas (como Português, por exemplo) a dificuldade exagerada em certos pontos, batalhas aleatórias muito frequentes e a imprecisão de alguns dos enigmas. No entanto, como um todo, o jogo foi ótimo para passar o tempo. Se você é fã de jogos como Etrian Odyssey ou Demon Gaze, e gostaria de fazer parte de uma ótima história, com uma trilha sonora ímpar, enquanto resolve enigmas e quebra-cabeças, avançando pelas masmorras, só digo uma coisa: confira!

The Lost Child

8.5

Jogabilidade

7.0/10

Gráficos

9.0/10

Som

9.5/10

Positivos

  • Gráficos bonitos
  • Trilha Sonora impecável

Negativos

  • Sem legendas
  • Batalhas aleatórias muito frequentes

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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