AnálisesNintendoPC

LOUD – Uma carreira musical completa ao alcance dos seu Nintendo Switch! | Análise

Algo que ampliaria as possibilidades do jogo seria a presença de um modo multiplayer.

Analisado no Nintendo Switch


Torne-se um rockstar aliando seu talento e destreza ao tocar notas musicas corretas através de seus joycons (ou pro controllers) nesse jogo rítmico lançado em 15 de julho pela editora QubicGames!

LOUD é um jogo rítmico, como vocês podem imaginar, onde basicamente a sua tarefa é pressionar os botões certos no ritmo adequado. Parece simples? Não para quem tem alguma experiência com jogos do gênero, onde o caos completo te é apresentado na forma de uma tela cheia de botões a serem pressionados quase simultaneamente numa bagunça absolutamente divertida.

Sua empreitada musical começa antes mesmo de começar: encarne Astrid, uma adolescente em sua jornada ao estrelato, que bem antes de ter uma guitarra já ensaiava seus acordes através do famigerado air guitar (modalidade onde o “músico” toca uma guitarra imaginária- no caso de Astrid, uma vassoura). Sim, o seu tutorial acontece na forma de um magnifico show de guitarra imaginária! Além disso, a ambientação emocional já gera bastante identificação pelo jogador: (já que estamos todos imersos nesse mundo de realidade líquida e interações superficiais) a de uma adolescente que só se sente pertencida em seu quarto, e cuja válvula de escape desse mundo louco e cruel (o mundo real) é a música.

Após muito treino com a air guitar, o pai da nossa protagonista a presenteia com sua primeira guitarra, e é ai que essa aventura musical começa de verdade. Todo o contexto é passado ao jogador na forma de pequenas cenas que são depois representadas como “checkpoints” na forma de fotografias no estilo polaroid. A partir daí você pode rever as cutscenes ou então tocar uma música anterior cujo progresso já foi salvo.

LOUD - Nintendo Switch

Os controles são simples e absolutamente intuitivos: eles ficam em posições análogas às que aparecem na tela, então mesmo que você por alguma razão não tenha decorado a posição do botão A ou B no controle, apenas olhando pela tela é fácil deduzir qual botão pressionar. Isso obviamente fica bem complicado quando o rock pauleira começa e uma tsunami de notas musicais aparece ao mesmo tempo ao alcance da sua vista!  Além disso, há também diferentes tipos de digitação das notas: há a simples, onde se deve apenas apertar um determinado botão na hora certa, há a nota longa, que você deve manter tal botão pressionado por alguns segundos, e tem a nota tipo “vibrato” que é a que você deve apertar várias vezes a mesma tecla por um tempo determinado. Com essa sopa de possibilidades, LOUD é uma experiência completa e um prato cheio para te manter concentrado na sua tarefa musical!

O jogo é insanamente divertido, seja pelo desafio de tocar no ritmo certo todas as “notas”, seja pelos grunhidos soltados pela Astrid quando erra alguma sequência ou então pela sua animação ao conseguir fazer uma melodia perfeita… Além disso, as 14 faixas inclusas são tão diferentes entre si que a gente sempre se pega curioso com o que está por vir! Tudo funciona muito bem em LOUD mas, como sempre, alguns ajustes poderiam tornar a experiência perfeita.

O modo de dificuldade média me pareceu bem desafiador (e em alguns pontos até bem difícil) para quem não tem intimidade com jogos do gênero. A tolerância para digitações das notas fora do ritmo é mínima. Se você erra por uma fração de segundo, o “perfect” vira “good”, e sinceramente, esse intervalo de tolerância (que rapidamente vira um “miss”, indicando o seu erro por ter perdido a nota musical) é curto demais. Como grande parte das músicas presentes no jogo são algo entre pop/rock/punk instrumental, em alguns momentos a tela fica caótica com varias sequências frenéticas de botões a serem apertados de forma diferente. Sendo assim, muito provavelmente, se você perde uma única nota, é absurdamente difícil recuperar as seguintes no ritmo certo (eu mesmo entro em pânico e ganho uma sequência admirável de erros). Por outro lado, o modo fácil (no jogo, chamado de chillin’), parece ser realmente o que o nome sugere: algo só para relaxar, pois a dificuldade cai de médio/desafiadora para “sério que é só isso?”.  Não que você tenha uma tolerância rítmica maior por parte do jogo: é que muito menos notas aparecem na tela, e grande parte delas é das que você deve manter pressionado um determinado botão por um tempo maior. Então aqui realmente não há desafio. Mas na verdade, é até relaxante para um momento que você só quer pensar em nada, sem muitas preocupações.

Algo que ampliaria as possibilidades do jogo seria a presença de um modo multiplayer. Não que o clássico revezamento de controles não resolva o problema… mas essa funcionalidade realmente aumentaria o fator “festa” desse jogo, que realmente tem muito potencial e é bastante divertido!

LOUD - Nintendo Switch

No início me pareceu estranho o fato de as notas musicais serem tocadas mesmo quando você erra a digitação, ou seja, a música toca sozinha e o único sinal que você fez a coisa certa com o joystick é um ligeiro destaque das estrelinhas que representam as notas e a vibração dos joycons (se estiverem ativadas). Então, a principio, eu senti a experiência um pouco rasa, mas isso pode ser mudado nas configurações e aí é possível sentir que realmente você tem participação efetiva no desenrolar da música.

Quanto aos modos de jogo no Switch, jogar na TV é sensacional mas admito que por alguma razão, o que me chamou a atenção mesmo foi pegar um fone de ouvido e jogar no modo portátil. Você se sente realmente imerso no jogo e esquece todo o mundo ao seu redor.  É uma sensação ótima e tudo no Nintendo Switch favorece isso: dimensionamento perfeito dos elementos do jogo, tais como textos legíveis o suficiente, design colorido e bem trabalhado de forma a não te confundir, áudio envolvente na medida certa e a magia do modo portátil! Claro que não vou dizer que a versão dockada do jogo no Nintendo switch perde algo, mas para mim a versão portátil me traz um quê intimista, enquanto que jogar na TV de 40 polegadas me inspira a uma jogatina mais festeira com os amigos.

LOUD

O jogo está sendo vendido a R$ 36,00 reais na promoção de lançamento, tendo como preço cheio o valor de R$ 60,00 reais, divulgados na eShop brasileira.  Com certeza esse é um jogo obrigatório para quem quer uma diversão casual e descompromissada ou até para quem quer diversificar na jogatina de festa com os colegas (e sair dos clássicos Mario Kart, Smash Bros. e Overcooked). Além de tudo , o preço torna essa pérola um achado imperdível!

LOUD

9

Nota

9.0/10

Positivos

  • Diversão casual
  • História cativante na medida certa
  • Diversão intimista no modo portátil
  • Preço absurdamente convidativo

Negativos

  • Falta de modo single player
  • Baixíssima tolerância a erros já no modo de dificuldade “normal”

Vlademir Vitaliano

Químico de formação, com doutorado em engenharia da nanotecnologia. Meu primeiro videogame foi um Mega Drive, através do qual me apaixonei pelos jogos mais casuais, sejam eles de aventura, luta ou corrida. Atualmente sou fã da Nintendo e suas "Nintendices".
Botão Voltar ao topo