Marvel’s Spider-Man Remastered – Mais um exclusivo caindo da teia | Análise

Análise baseada em uma versão pré lançamento sem patch “day one”, portanto alguns pontos podem estar em desacordo com versões futuras e finais.

Jeferson Vasconcelos12/08/2022Última Atualização 12/08/2022

Analisado no PC

Marvel’s Spider-Man Remastered é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Insomniac Games e inicialmente lançado em 2018 como exclusivo do PlayStation 4. Com o lançamento do PlayStation 5 o jogo ganhou uma versão remasterizada, esta que está chegando no PC hoje, dia 12/08/2022 com o port sendo feito pela Nixxes Software e distribuído pela PlayStation PC LLC.

Esta é uma análise referente a versão para PC (port) de Marvel’s Spider-Man Remastered, por isso não irei me aprofundar na história. Se você quiser ler a análise completa do jogo pode acessar nossa review dele aqui.

De pouco em pouco os exclusivos do PlayStation vão chegando para o PC, já recebemos um port de Horizon Zero Dawn que demorou meses para ficar jogável, uma versão de Final Fantasy VII Remake INTERGRADE bem simples que fez o mínimo para rodar no PC, dois ports excelentes de Death Stranding e Days Gone e por último uma boa versão de God of War. A lista não para de crescer e para este ano de 2022 temos Marvel’s Spider-Man Remastered que é lançado hoje, dia 12/08 e a confirmação de Uncharted: Legacy of Thieves Collection que pode dar as caras até o final do ano.

Quem esperava por este lançamento pode ficar tranquilo. A versão de Marvel’s Spider-Man Remastered para PC traz uma boa performance e com certeza rodará de forma satisfatória em máquinas mais modestas, contudo o jogo ainda carece de otimização e correções que devem chegar com o patch de lançamento. Assim como em alguns dos outros ports de PlayStation para PC, este é mais um título que provavelmente só ficará 100% daqui alguns meses.

Como dito mais acima, não focarei na história e sim na performance e nos recursos introduzidos no jogo. Como já era esperado a versão de PC de Marvel’s Spider-Man Remastered traz várias melhorias e recursos exclusivos dessa plataforma, o jogo chega com ray tracing, DLSS, FSR 2.0 e IGTI, limite de quadros destravados, suporte a resoluções ultra-wide (21:9) e super ultra-wide (32:9), compatibilidade com recursos do controle DualSense e as típicas configurações gráficas presentes na maioria dos jogos para PC.

Graficamente o jogo está superior a versão de PlayStation 5 mas não é por muito. As principais diferenças estão na distância de renderização dos objetos e nos reflexos e sombras melhorados pelo ray tracing dos PCs. Claro que nada é de graça e se você quiser usar o ray tracing no ultra será necessário um alto poder de fogo, caso não queira um hardware modesto será mais do que o suficiente.

No quesito performance o jogo está bem otimizado mas ainda precisa de melhorias. Testamos utilizando um kit composto por: Ryzen 7 5700X, RX6600 XT e 32GB de RAM a 3200MHz, com esse setup conseguimos rodar o jogo em resolução ultra-wide 2560×1080 com todas opções gráficas ligadas no alto com uma média de 85 quadros, no ultra esta média cai para os 75. Ligar o ray tracing derruba a performance drasticamente e no alto temos uma média de 45 quadros necessitando da utilização do FSR para atingir os desejados 60 quadros.

Para atingir uma média de quadros mais alta ou para auxiliar manter os quadros com ray tracing, temos disponíveis os recursos DLSS, FSR 2.0 e IGTI (Insomniac Games Temporal Injection). Como utilizamos uma placa de vídeo AMD preferimos testar o FSR 2.0 onde tivemos bons resultados com RT no alto, mas infelizmente essa técnica e os recursos temporais precisam de melhorias.

Mesmo com uma boa performance na maior parte do tempo, foi possível notar quedas de quadros de maneira aleatória mesmo em cenários mais simples, essas quedas não eram constantes mas aconteciam. O ray tracing utilizando placas AMD está bugado e o jogo coloca reflexos onde não existiriam como em roupas e também encontramos erros de renderização em reflexos e sombras. Para piorar esse cenário, todos os recursos temporais incluindo o DLSS estão sofrendo com retenção de pixels e acabam criando um efeito fantasma. Todos esses problemas estão sendo corrigidos de forma gradual e o jogo vem recebendo várias atualizações antes do lançamento, mas por causa do curto prazo é provável que a versão de lançamento acabe vindo com alguns dos problemas citados.

Problemas à parte o jogo está muito bom, as telas de carregamento são quase inexistentes e os controles foram bem feitos. Sim, apesar do jogo ter compatibilidade com controles incluindo funções do DualSense, também é possível jogar com teclado e mouse e a experiência é até melhor do que no controle.

No teclado nós temos o básico do WASD e teclas adjacentes, no mouse nós atacamos e controlamos a câmera e apesar de ser mais complicado de se mover e utilizar habilidades ao mesmo tempo com o teclado, a utilização do mouse nos combates faz uma diferença enorme quando comparado com os controles. Como o mouse tem maior sensibilidade e maior curso, é mais fácil e mais rápido girar a câmera e como este é um jogo de ação isso acaba criando um maior dinamismo nos combates e também durante a exploração.

No final Marvel’s Spider-Man Remastered traz um bom port para PC que vale a pena ser jogado e que deve ficar melhor com o passar do tempo. O preço cobrado é salgado pois estamos falando de um título originalmente lançado em 2018 mesmo que seja um bom jogo, contudo pelos problemas encontrados durante nossos testes, eu prefiro recomendar que espere pelo lançamento e pelo patch “day one” antes de decidir adquiri-lo, pois caso o jogo receba poucas correções no seu lançamento é melhor esperar por mais atualizações ou por uma promoção.