AnálisesPCPlayStationXbox

Edengate: The Edge of Life – Promete bastante e entrega pouco | Análise

A narrativa se desenvolve num espectro bastante tenso, com gráficos bonitos e detalhistas, agregando positivamente no suspense que o jogo entrega.

Analisado no PlayStation 4


Edengate: The Edge of Life é um game de aventura misterioso com perspectiva em terceira pessoa. A história tem como pano de fundo a cidade de Edengate, onde conhecemos Mia, a protagonista que se recupera de uma sedação não planejada, sem noção do que está acontecendo consigo e ao seu redor, fica a nosso encargo, perambular por uma cidade vazia em busca de respostas.

Sem uma variedade de personagens, Edengate oferece alguns documentos que permitem um panorama maior sobre a meia dúzia de personagens que encontramos ao longo da jornada. Durante essas coletas, Mia manifesta algumas visões que auxiliam com algumas pistas e puzzles, tudo alinhado para compreender todo desenrolar em torno de sua história.

EDENGATE The Edge of Life

A aventura entrega uma jogabilidade bastante simplista, onde a personagem apenas anda e interage de forma breve com o cenário. Embora haja uma rotina de coleta de objetos e documentos, em maior parte do tempo estaremos apenas andando. Por não ser tão óbvio qual caminho devemos seguir, o jogo sinaliza em alguns trechos por alguns segundos, qual rumo devemos tomar. Esse tipo de ferramenta se mostra bastante útil quando não identificamos o que é para ser feito, favorecendo então, a progressão da narrativa.

Nada de puzzles absurdamente elaborados, para progredir, basta solucionar alguns deles, que consistem em conseguir o código que abre alguma porta específica. Geralmente encontramos tais códigos nas proximidades, em documentos espalhados no ambiente. O jogo oferece um excelente sistema de legendas em Português, o que automaticamente torna toda a interpretação, um trabalho fácil, ou seja, é impossível não entender as pistas que o jogo oferece.

EDENGATE The Edge of Life

A narrativa se desenvolve num espectro bastante tenso, com gráficos bonitos e detalhistas, agregando positivamente no suspense que o jogo entrega. A sonorização do jogo influencia bastante para sustos em diversos momentos, aumentando ainda mais a tensão. Diferente do que estamos acostumados, o jogo não possui inimigos para duelarmos, sendo assim não é possível morrer no jogo, mas se você ficou em dúvidas como isso é possível, eu vou responder.

Não há risco de morte ou ferimentos no jogo, há apenas a aparição de alguns tentáculos que servem para bloquear o caminho de Mia. O segredo é contorná-los, expô-los à sua fraqueza, que no caso do jogo, é a luz. O esquema é encontrar lanternas que vão afastá-los do seu caminho.

O jogo é dividido em 6 capítulos com um caminho cheio de documentos e descobertas, então certamente vale a pena explorar os ambientes para aquisição destes artefatos, pois enriquecem a trajetória do jogo. O game é bastante conciso, não tem finais secretos. Zerou, zerou!

EDENGATE The Edge of Life

Um dos detalhes que me incomodou, foi a forma como finalizaram a textura da protagonista. Parece que a fizeram com pressa, rosto e cabelo estão desproporcionais em relação a qualidade gráfica do jogo em si. Enquanto tudo sobre o jogo é imersivo e realista, a protagonista deixa muitíssimo a desejar nesse aspecto.

O roteiro do jogo causa uma gama de sentimentos, uma vez que ele é vago ao ponto de nos deixar apenas supor o que está acontecendo, o que desperta um sentimento de desorientação, pois não sabemos o que fazer ou para onde estamos indo, pois nada é muito claro. E acredito que isso seja intencional. Porém, torna o jogo maçante, uma vez que os mistérios demoram a ser esclarecidos, e na maioria das vezes, nem são coesos.

Sem apresentar uma estruturação sólida para que seja possível indicar, Edengate: The Edge of Life é um jogo subjetivo, é necessário que cada um leia sobre ele e decida se vale a pena ou não.  De fato, é um jogo provocante, mas não passa disso. Ele apenas instiga o jogador, promete tudo e não entrega nada.

Edengate: The Edge of Life

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Gráficos
  • Sonorização
  • Preço

Negativos

  • Caracterização da protagonista
  • História demora a engrenar

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
Botão Voltar ao topo