Formula Retro Racing: World Tour – Vamos acelerar ao limite | Análise
Um jogo de corrida poligonal, com uma física incrível
Analisado no PlayStation 5
Formula Retro Racing: World Tour é um jogo eletrônico de corrida arcade com um visual totalmente retrô que teve sua principal influência em jogos do gênero dos anos 90’s, desenvolvido pela CGA Studio e publicado pela Repixel8 o jogo foi inicialmente lançado em Acesso Antecipado no PC em 14 de maio de 2020, mas teve seu lançamento para os consoles como PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch em 31 de março de 2023.
Formula Retro Racing: World Tour trata-se de um jogo de corrida no estilo dos fliperamas clássicos dos anos 90’s trazendo uma nostalgia incrível que nos faz lembrar de jogos como Out Run, Daytona USA, San Francisco Rush e claro, Virtua Racing. O game oferece quatro modos de jogo, sendo eles o tradicional Arcade, Grande Prêmio, Eliminador e Treino Livre.
O mais comum e tradicional Arcade oferece opção de corridas em 18 percursos, mas apenas alguns estão disponíveis de início, sendo necessário que o jogador dispute corridas e ganhe pontos para que novas piscas sejam desbloqueadas. Como era de se esperar esse modo oferece provas com um número determinado de voltas e seu progresso depende da capacidade de passar nos check-points ao logo da pista e garantir mais tempo de prova.
O modo Grande Prêmio não é aquele tradicional que estamos acostumados a ter uma seleção de provas já determinada, mas a seleção funciona idêntica à do modo arcade, o diferencial aqui é que você pode escolher o número de voltar em cada circuito e as pistas são liberadas conforme a somatória da pontuação do jogador nas provas disputadas. Já o modo Eliminador, não é bem como o esperado, eu diria que ele funciona mais como um modo de Resistência, em Formula Retro Racing: World Tour ao invés de cada volta ou de tempos em tempos o último colocado ser eliminado o game muda essa regra para cada volta completada os oponentes ficam mais rápidos e difíceis de superar e/ou mantê-los em posições abaixo da sua, com isso, ele vai ficando cada vez mais difícil.
Por último, mas sem nenhuma surpresa está o modo de Treino Livre, ele é exatamente o que diz ser, escolha a pista e corra sozinho por quanto tempo quiser, porém com um detalhe, apenas as pistas já liberadas no modo Arcade podem ser usadas para praticar o game, então até que você a libere, nada de tentar decorar o seu traçado. Em alguns modos é possível jogar em multiplayer local para até 4 jogadores.
A experiencia na prática não é complicada, por se tratar de um jogo Arcade fica fácil de controlar o seu carro mesmo em alta velocidade, e quando falo alta velocidade não tenha medo de acelerar o seu carro, os controles são simples, temos acelerador e freio nos gatilhos, 3 opções de visão de câmera no botão de ombro direito e visão reversa no esquerdo, o analógico esquerdo controla o carro e dois botões de face são usados para subir e descer marcha caso escolhamos transmissão manual. Mas o interessante dentro do jogo é a opção de escolher modelos diferentes dos carros em todos os circuitos e modos disponíveis, são duas classes, sendo os velocistas e carros de derrapagem contando com 5 modelos e 20 padronagens de cor para cada classe. O ponto positivo de ter essas duas classes distintas é de que a física muda conforme sua escolha, fazendo com que a dinâmica das provas mude bastante oferecendo praticamente o dobro de provas a disposição do jogador, além de deixar o game mais competitivo, mas claro, tudo vai depender muito de suas habilidades para ficar em primeiro lugar nos circuitos.
Uma vez jogando você vai sentir bastante diferença entre o gameplay com os veículos velocistas e com os de derrapagem, uma vez que o controle do primeiro modelo é mais direito e convencional, sendo necessário frear em algumas curvas com certa frequência, já com os modelos de derrapagem, a pista parece ensaboada, sendo que o carro performa o drift ao menor toque no analógico e nem é necessário estar em uma curva, nesse modo o game fica mais insano e imprevisível, sendo que não é necessário frear em muitas curvas, já em outras é praticamente mandatório. Ainda dentro das corridas o jogador precisa ficar atento ao medidor de dano que fica abaixo do indicador do mapa da prova, sendo que em Formula Retro Racing: World Tour cada colisão, seja num oponente ou nas proteções da pista, vão ser computadas e quando esse medidor enche seu carro explode… Mas não se preocupe, isso demora um certo tempo a acontecer e é bem mais fácil você detonar os inimigos durante um vácuo do que o inverso.
Formula Retro Racing: World Tour utiliza o visual low-poly, que remete a games antigos, como citado em suas referências, eu vejo que ele está mais próximo do Virtua Racing nesse quesito, ele utiliza polígonos com cores chapadas, com pouquíssimo uso de texturas, mas ainda assim suas cores são agradáveis e sem muito exagero que deixou o jogo bem jogável. Já os cenários são variados e vez ou outra é possível ver algum monumento ou localidade que faça referência ao local onde a prova ocorre, durante minha experiencia eu não senti nenhuma queda de quadros, nada que estragasse a experiencia. Já a trilha sonora deixa um pouco a desejar, ela não é ruim, mas acho que eles poderiam ter se dedicado um pouquinho mais nessa parte, por mais que seja boa a trilha acaba ficando bem enjoativa por ser muito repetitiva durante as corridas.
O game está disponível em 11 idiomas sendo Interface e Legendas em português Brasil, inglês, francês, italiano, alemão, espanhol Espanha, japonês, coreano, chinês tradicional, turco e holandês que acaba facilitando bastante.
Para finalizar Formula Retro Racing: World Tour é sim um jogo legal, mas ele pode acabar enjoando muito rápido, como falei são detalhes que destoam e que pode desapontar um pouco pela repetição. Mas vale a pena dar uma chance e experimentar o jogo, o fator nostalgia é bom e se ele te chama atenção o game entrega nesse fato, agora, se esse não é seu caso você até acaba se divertindo por um tempo, sozinho ou com amigos, mas é possível que ele perca o encanto rapidamente.