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Synapse – A morte não é o fim | Análise

Synapse se passa dentro da mente do Coronel Peter Conrad, que é dublado por ninguém menos que David Hayter, a voz de Solid Snake da franquia Metal Gear Solid

Analisado no PlayStation VR2


Dos mesmos produtores de Fracked, que foi lançado lá em 2021 para nosso querido PSVR1, Synapse traz muita ação, gráficos bonitos e uma jogabilidade excelente que lembra bastante o título citado, e além das armas convencionais, dessa vez contamos com mais uma habilidade, a telecinesia, que funciona muito bem nesse jogo e serve para nos ajudar em um mundo nem um pouco explorado, a mente humana.

Synapse

Synapse se passa dentro da mente do Coronel Peter Conrad, que é dublado por ninguém menos que David Hayter, a voz de Solid Snake da franquia Metal Gear Solid, o Coronel é um inimigo do Estado e tem planos para um ataque devastador. Aqui somos um agente que é enviado há uma casa em uma ilha paradisíaca, onde lá entraremos na mente do Coronel a fim de desvendar de uma vez por todas seus planos secretos, um cenário que é bem parecido com o filme “A Origem” (Inception) de 2010. A mente do Coronel é separada em 9 fases até chegarmos a sua subconsciência e assim finalizarmos nossa missão, mas não pense que isso será fácil.

O jogo é um roguelite de tiro, temos uma arma e a incrível habilidade de mover objetos, para passar dos níveis com dezenas de inimigos protegendo cada área da mente, contamos também com a ajuda de uma bússola que mostra onde os inimigos e outros itens estão, mas cada vez que morremos voltamos para a entrada da primeira fase perdendo as armas que estávamos usando, perdemos as “Rebeldias”, que são nossa moeda de compra para dar upgrade em nossas habilidades dentro das fases e também perdemos os “Hacks Mentais” que são habilidades temporárias que coletamos durante a jornada até a última fase.

Quando voltamos para a entrada é possível fazer upgrades em nossa árvore de habilidades, usando algumas “Revelações” que ganhamos quando completamos alguns objetivos durante o jogo, e são elas que nos permitem comprar os upgrades. Então minha dica logo de cara é: Fique de olho no que precisa fazer para ganhar as “Revelações” para logo em seguida poder comprar as habilidades de nosso personagem.

Synapse

O gráfico do jogo é bem limpo, livre de serrilhados e tem ótima fluidez por estar rodando a 120hz, a única coisa que pode afastar algumas pessoas é que ele é basicamente todo em preto e branco, com algumas cores em itens, inimigos e algumas partes do cenário. Conforme vamos avançando algumas outras cores aparecem, mas nada igual ao começo do jogo que é todo colorido, entendo a decisão dos desenvolvedores por fazerem dessa forma pois assim podemos diferenciar o mundo real do mundo de “sonhos” que estamos, e sinceramente para mim não fez tanta diferença pois o jogo é tão bom que nem notamos esse detalhe depois de um tempo.

O que mais me chamou a atenção nesse jogo foi a jogabilidade, ele é super dinâmico, não dá para ficar parado apreciando a vista durante as batalhas pois os inimigos já são fortes desde o início, e até que você seja forte o bastante contra eles, já teremos morrido muitas vezes. Particularmente eu odeio isso, gosto de avançar nos jogos sem muita dificuldade e ficar voltando para a primeira fase não me animou muito no começo, mas confesso que o jogo é muito recompensador. A cada vez que eu morria, aprendia algo novo, comprava habilidades, melhorava minhas armas e a telecinesia mostrava ser a coisa mais divertida do jogo, e com isso fui avançando. Não faço ideia de quantas horas levei para terminar o jogo, mas acho que foram umas 8 horas até conseguir tudo o que precisava para facilitar minha vida.

Synapse

Aliás, os controles SENSE do PSVR2 são excelentes para esse jogo. Tirando a parte básica de andar e atirar, os gatilhos adaptáveis funcionam muito bem tanto para as armas quanto para a telecinesia, uma das coisas mais legais é pegar um barril explosivo sem apertar muito o L2, levá-lo até um monte de inimigos e apertar o botão com mais força para fazê-lo explodir. Mas o ápice mesmo é pegar os inimigos e jogá-los longe, sério, podemos ficar muito poderosos nesse jogo, então não desista logo de cara.

Outra coisa legal é que ele usa a tecnologia de rastreamento ocular (EYE TRACKING) do PSVR2, dessa forma, podemos usar a telecinesia apenas olhando para o objeto ou inimigo desejado. Mas vale ressaltar que essa opção não é obrigatória, dá para mudar nas configurações quando quiser.

Synapse

Dentro das fases coletamos munição que os inimigos deixam cair ao morrerem, temos fontes que recuperam um pouco de nossa vida, totens com armas para escolhermos e as pétalas que caem dos inimigos para comprarmos melhorias temporárias em totens.

A trilha sonora do jogo é boa também, bem Techno, o que não costuma me agradar, mas como o jogo é bem frenético, quase não consigo prestar atenção nisso. As vozes são muito legais principalmente por ter David Hayter no jogo que fala conosco conforme avançamos em sua consciência.

Synapse

Synapse é um jogo que com certeza deve fazer parte de sua biblioteca de jogos de PSVR2, ele é muito bem feito, muito divertido, a dificuldade é ótima e o jogo está legendado em português, além disso tem um preço muito bom e ainda usa todas as vantagens dos controles sense e o eye tracking do acessório.

No vídeo abaixo você confere as primeiras impressões de Synapse:

Synapse

8.8

Nota

8.8/10

Positivos

  • Gráficos sem serrilhados ou embaçados
  • Jogabilidade excelente e acessível a todos
  • A telecinesia na realidade virtual funciona muito bem
  • Desafio na medida certa
  • Legendas em português

Negativos

  • Pouca variação de inimigos
  • Poderia ter um botão de pulo e um de agachar
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