Viewfinder – Resolva puzzles com ilusões de ótica incríveis | Análise

O game conta com um design de quebra-cabeças divertido e inteligente sem deixar o desafio de lado

Thiago Bonito13/09/2023Última Atualização 15/09/2023

Analisado no PlayStation 5

Viewfinder é um jogo de quebra-cabeças em primeira que molda o espaço a seu favor com um ótimo mecanismo. Basicamente, você pode aplicar um eixo a imagens bidimensionais, colocando-as no espaço 3D e permitindo que você entre nelas.

Com um aspecto inventivo e um tanto quanto único, o jogador precisa desvendar puzzles de forma criativa oferecendo um bom gameplay sem soar enjoativo.

A jogabilidade simples se baseia no jogador usar o conteúdo das fotos para alcançar a saída, posicionando-as corretamente. Além disso, você pode voltar no tempo, o que permite refazer qualquer ação se você errar algo.

O game conta com um design de quebra-cabeças divertido e inteligente sem deixar o desafio de lado conforme avança nos mais diversificados cenários, introduzindo novas complicações a serem desvendadas.

Certamente que os efeitos visuais e as ilusões de ótica são um show à parte tornando a experiencia surpreendente pois a composição das imagens coloridas ou preto e branco em conjunto com sua profundidade trazem uma atmosfera diferenciada.

Os comandos são simples e o foco na exploração em plataformas faz de Viewfinder um título acessível o que passa a ser um trunfo se comparado a outros gêneros. Logo nos primeiros minutos, a jogabilidade transparece a simplicidade pois o intuito são definitivamente os enigmas nos cinco ambientes disponíveis.

Como nem tudo são flores, Viewfinder tem uma narrativa rasa, quase inexistente e que sequer acrescenta algo ao game. Ainda que a exploração seja a percepção de uma realidade criativa, a ausência de uma história mais envolvente, pode afastar aqueles que preferem se aprofundar nas motivações do personagem principal.

Outro ponto que pesa negativamente ao título são as incertezas com que os puzzles são apresentados, dando a sensação de que nem tudo é necessário resolver, estando ali por mero acaso. A ideia principal é original, mas pouco aproveitada no quesito diversidade, visto que poderia haver mais níveis, variedades ou surpresas.

As fases mais complexas são opcionais, o que invalida em certo ponto, a existência de um título que se propõe a ser: resolver puzzles.

Temos uma trilha sonora imperceptível que não incomoda nem agrega, mas que certamente poderia ser mais bem cuidada em alguns pontos de gameplay, ainda mais com essa miscelânia artística que se propõe.

Por fim, Viewfinder é satisfatório e com excelente originalidade, mas que peca por ser curto e com exploração linear. Evidente que numa sequência (caso ocorra) esses pontos podem ser sanados, desde que não tiram a brilhante sobreposição dimensional.