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ASTLIBRA Revision – Não impressiona, mas diverte e agrada | Análise

Astlibra traz um sistema de RPG e um combate baseado em hack’n slash que não inovam, mas fazem tudo como deve ser feito.

Analisado no PC


ASTLIBRA Revision é um RPG de ação 2D desenvolvido pela KEIZO e distribuído pela WhisperGames. O título foi lançado inicialmente em 2022 para PC e recebeu recentemente uma versão para Nintendo Switch lançada em 16/11/2023.

Começando como um projeto feito por um homem só e sendo lançado após mais de uma década em desenvolvimento, Astlibra Revision é um RPG de ação que não inova, mas traz um conjunto que diverte e com certeza irá agradar os fãs do gênero.

ASTLIBRA Revision

Em Astlibra nós iremos acompanhar a história de uma dupla composta por um protagonista sem nome que sofre de amnésia e seu companheiro, um corvo falante chamado Karon. A dupla parte em uma jornada para voltar à cidade natal do protagonista e o jogo começa com ambos viajando já a 8 anos sem ter contato com outro humano quando de repente encontram um aventureiro misterioso que os indica para um vilarejo. A trama irá levar os personagens a enfrentarem diversas situações, temos desde viagens temporais, lutas contra “deuses” e outras dimensões, existe muito “fã” service e praticamente tudo é inspirado nas tramas de animes e afins. Não espere algo muito bem desenvolvido, temos muitas falas e os diálogos sofrem com a quebra de ritmo causada por um atraso entre as caixas de texto, quem não é fã do gênero dificilmente irá se prender ao jogo por causa da história.

ASTLIBRA Revision

Se a trama não é o ponto alto da jogatina, a jogabilidade de outro lado é composta por um conjunto viciante que é difícil de se largar. Astlibra traz um sistema de RPG e um combate baseado em hack’n slash que não inovam, mas fazem tudo como deve ser feito. O jogo entrega um sistema de RPG bem completo, temos diferentes tipos de itens e armas, bem como habilidades, pontos de status e uma árvore de habilidades passivas com diferentes caminhos para se explorar, é possível criar e testar diferentes combinações de armas e habilidades, adaptando o personagem para cada situação.

O combate é baseado em hack’n slash e o foco é esmagar botões para realizar combos, claro que sempre sabendo o momento certo para se esquivar dos ataques de inimigos. O jogo traz um sistema de magias que depende de ST, este que só é possível obter através de ataques, ou seja, os combos se resumem a atacar para soltar habilidades e assim atacar novamente. Os confrontos são divertidos e embora às vezes tudo possa ficar caótico dada a quantidade de inimigos e elementos na tela, tudo aqui funciona muito bem e é difícil enjoar.

ASTLIBRA Revision

Dado o tempo que ficou em desenvolvimento, o título não traz uma apresentação visual muito agradável. Embora existam algumas animações e modelos bem desenhados, no geral os gráficos são bastante inconsistentes e passam a impressão de algo ainda em desenvolvimento e não finalizado. A trilha sonora também não é das melhores, a maioria dos efeitos são genéricos e as músicas não impressionam.

Para piorar essas inconsistências, a jogatina sofre com um sistema de missões que não foi muito bem planejado. Praticamente todas as missões são travadas atras de conversas com personagens que funcionam como switches e por isso é comum ficar perdido, às vezes você tem todos os itens, mas não pode interagir com algo pois não falou com um NPC em específico e o jogo nunca informa qual, sendo que vários destes NPCs de switch não tem relação alguma com a missão.

ASTLIBRA Revision

No final, apesar de não ser perfeito e possuir algumas inconsistências, Astlibra Revision traz um conjunto de combate e RPG que é divertido de se jogar e difícil de se largar. O preço cobrado é justo em ambas as versões de PC e Switch e eu posso recomendá-lo para todos os fãs do gênero.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de ASTLIBRA Revision:

ASTLIBRA Revision

7.8

Nota

7.8/10

Positivos

  • Combate
  • RPG
  • Divertido

Negativos

  • Gráficos
  • Sistema de Missões
  • Diálogos Lentos

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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