Ghost of Tsushima: Director’s Cut – O “verdadeiro” jogo de samurai finalmente chega no PC | Análise

Ghost of Tsushima é mais um port que roda bem e chega como um sucesso de vendas no PC, atualmente ele é o segundo maior lançamento da Sony na plataforma

Jeferson Vasconcelos20/05/2024Última Atualização 20/05/2024

Analisado no PC

Ghost of Tsushima é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Sucker Punch Productions e lançado para PlayStation 4 em 2020. O título recebeu uma versão expandida e aprimorada para PlayStation 4|5 em 2021 e agora temos seu port para PC lançado em 16/05/2024, sendo mais um port feito pela Nixxes Software.

Demorou, mas finalmente o “verdadeiro” jogo de Samurais chega aos PCs. Ghost of Tsushima é mais um port que roda bem e chega como um sucesso de vendas no PC, atualmente ele é o segundo maior lançamento da Sony na plataforma, ultrapassando God of War em pico de jogadores e ficando apenas atrás do divertido e polêmico Helldivers 2.

Para quem não conhece ou nunca jogou, Ghost of Tsushima traz uma aventura baseada nas invasões dos mongóis ao Japão que aconteceram no fim dos anos 1200, uma trama onde nós iremos acompanhar a jornada de um Samurai que tem como objetivos salvar seu povo e libertar a ilha do poder dos invasores. Assim como nos outros ports, este texto irá abordar somente os aspectos da versão para PC, então se quiser saber sobre a história e sistemas, acesse aqui para a análise do jogo.

Sem mais delongas, Ghost of Tsushima chega aos PCs trazendo um conjunto de recursos semelhante aos outros ports de jogos da Sony, só que agora mais atualizados. Este port para PC chega com suporte nativo a maiores resoluções e proporções de telas como Ultrawide 21:9, Super Ultrawide 32:9 e compatibilidade com monitor triplo 48:9. As configurações gráficas são compostas de diversas opções que podem ser modificadas e adaptadas para melhor qualidade ou desempenho, através de texturas, sombras, reflexos e outros, com atenção a uma peculiar tradução que inverte os tipos de tela, com o modo “janela sem bordas” sendo chamada “tela cheia” e o modo “tela cheia” sendo chamado de “tela cheia exclusiva”.

Para turbinar a qualidade e os quadros, o jogo traz algumas opções de upscaling e filtros que incluem Nvidia DLSS 3, AMD FSR 3 e Intel XeSS, temos Frame Generation para o DLSS e FSR, além de Nvidia Reflex e DLAA para melhorar a qualidade de imagem nos sistemas que tem suporte. O desempenho no geral é bom, não temos limitador de quadros e é possível jogar com uma boa relação de quadros e qualidade visual mesmo com máquinas intermediárias, mas para isso será necessário utilizar algum recurso de upscaling.

Assim como nos outros ports, Ghost of Tsushima chega com suporte ao DualSense com fio que inclui a resposta tátil, funções do touchpad e os gatilhos adaptáveis, uma combinação que contribui e muito para a imersão. Claro que o DualSense é opcional e também é possível jogar com teclado/mouse ou outros controles, temos até opções de personalização de comandos, contudo a experiência não será a mesma, pois várias mecânicas do jogo levam em conta os recursos do DualSense e jogar sem ele é um pouco estranho.

A versão de PC de Ghost of Tsushima, acabou sendo mais uma vítima da polêmica que cercou Helldivers 2 nas semanas anteriores ao seu lançamento no PC. Para quem não acompanhou, Helldivers 2 foi alvo de críticas e de polêmicas relacionadas a exigência da Sony em forçar a adoção da PSN na versão do PC, algo que não seria problema se a publicadora não tivesse restringido e impedindo o acesso a jogadores de mais de 170 países onde ela não dá suporte. Ghost of Tsushima chega aos PC com um port que traz os recursos presentes nos consoles, assim além do modo história, também temos modos online PVP e coop PVE.

Por conta dos recursos multiplayer, é necessário ter uma conta da PSN para jogar estes modos e por este motivo o jogo foi removido de venda nas regiões que não tem suporte a PSN. Porém tecnicamente a conta não é obrigatória para jogar, visto que o modo história pode ser acessado de maneira offline e sem a PSN. No momento em que escrevia este texto, o modo online do jogo estava praticamente quebrado no PC, sendo quase impossível conseguir achar partidas e alguns jogadores reportando que nem login na PSN eles conseguiam fazer. Apesar de um bom desempenho, infelizmente o jogo ainda requer atualizações para fazer seu modo multiplayer funcionar de maneira satisfatória.

No final, Ghost of Tsushima: Director’s Cut é um port sólido que só não é melhor por conta da exigência da PSN que exclui e impede o acesso a jogadores de mais de 170 países e por seu modo multiplayer que não está funcionando corretamente. O preço cobrado é um pouco salgado, visto que este não é um jogo novo, se você estiver interessado somente no modo história vale a pena jogá-lo agora, contudo por conta dos problemas do multiplayer é mais interessante esperar por atualizações ou por uma promoção.