
The House of Da Vinci VR – Quebra-cabeças, mistério e imersão agora no PSVR 2 | Análise
O tempo de jogo aqui vai variar muito da sua habilidade em entender como resolver os puzzles
Analisado no PlayStation VR2
The House of Da Vinci foi desenvolvido pela Blue Brain Games lá em 2017 e hoje está disponível para praticamente todas as plataformas, incluindo PC, PlayStation 4 e 5, Nintendo Switch, Xbox One, e até Android, incluindo também as sequências The House of Da Vinci 2 (2019) e 3 (2022).
No final de 2024 recebemos o grande presente da desenvolvedora trazendo o primeiro título para realidade virtual, mais precisamente para o Meta Quest 3 e Steam VR, o jogo foi lançado dia 4 de dezembro e agora dia 1 de maio de 2025 está aterrissando no PlayStation VR 2 trazendo basicamente o mesmo jogo que com certeza não poderá ficar fora de sua biblioteca.
A história se passa em Florença no ano de 1506 durante a Renascença, na pele de um aprendiz de Leonardo Da Vinci acabamos de chegar na cidade para encontrar nosso mestre e iniciar os estudos, mas ao chegarmos na porta de sua casa, ouve-se um estrondo em uma torre próxima, é Mestre Leonardo fugindo dali com sua máquina voadora, uma espécie de asa-delta. Ao entrarmos em sua casa vamos direto para a biblioteca onde descobrimos que Leonardo nos deixou vários puzzles para esconder suas invenções de pessoas mal intencionadas, cabe à nós resolver muitos quebra-cabeças e encontrarmos nosso mestre com ajuda de suas invenções, incluindo uma espécie de visão de raio-x que fica em nossa mão direita e adquirimos logo na segunda fase do jogo, também temos um objeto na nossa mão esquerda que nos permite ver hologramas recriando uma cena que aconteceu, parecida com o que o Batman usa em Batman VR para PSVR1.
A jogabilidade aqui é muito parecida com o jogo The Room VR: A Dark Matter (disponível para Steam VR, PSVR, PSVR2 e Meta Quest), não conseguimos andar livremente pelo cenário, apenas apontamos o controle para pontos já específicos do jogo e nos transportamos para lá, como o jogo se foca nos puzzles, para mim esse tipo de controle não atrapalha em nada, a não ser por falta de um botão de agachar.
Além disso nossas mãos são sólidas no jogo e não atravessam os objetos, isso é ótimo, mas às vezes eu gostaria que elas sumissem ou ficassem transparentes pra eu poder ver melhor a peça do puzzle que estou mexendo, isso nem é um grande problema, mas que me irritaram um pouco algumas vezes. Seria muito interessante ter uma opção de hand-tracking aqui, pois como não precisamos nos movimentar e apenas tocar em manivelas e botões, seria algo bem mais imersivo.
No mais o jogo flui muito bem trazendo lindos gráficos, texturas excelentes, e uma atmosfera misteriosa e cheia de detalhes, sem falar dos puzzles que são extremamente inteligentes nos fazendo pensar no trabalho maravilhoso de engenharia foi feito ali, muitos dos puzzles envolvem as invenções reais de Da Vinci e outros são fictícios para dar mais foco aos equipamentos de raio-x e holograma.
O som do jogo é ótimo trazendo para cada parte um tom de mistério, suspense e também é capaz de nos acalmar para tentar resolver os puzzles.
Falando nos puzzles, há alguns que nos fazem fritar o cérebro de tanto pensar em como resolver, e não se preocupe se você travar em algum pode pedir dicas e o jogo vai te guiando, mas não pense que ele vai resolver o puzzle sozinho para você – como no jogo The 7º Guest que também é cheio de puzzles, mistérios e onde podemos trocar moedas encontradas no jogo para passar pelos quebra-cabeças sem precisar resolver, – aqui temos que colocar a mão na massa.
Eu como um bom fã de jogos de puzzle e escape room, adorei The House of Da Vinci em quase todos os sentidos, tirando os controles que me irritaram em algumas partes. Infelizmente o jogo não utiliza nenhuma função dos controles SENSE, vibração do headset ou reconhecimento ocular, isso não é nada muito relevante para jogabilidade, mas traria algo a mais para o PSVR2 caso funcionassem.
O tempo de jogo aqui vai variar muito da sua habilidade em entender como resolver os puzzles, pois tiveram fases que demorei mais de uma hora e meia para terminar depois de ter travado em um ou outro puzzle, mas para uma primeira vez tive uma média de 9 horas de jogo, o que me deixa muito feliz pois é um jogo em que o único desafio são resolver os puzzles mesmo, sem ter que enfrentar inimigos ou me estressar com alguma outra coisa. Mas colocando tudo em perspectiva, volto a dizer, esse é um game que com certeza não poderá ficar fora de sua biblioteca.
Confira no vídeo abaixo as primeiras impressões de The House of Da Vinci VR no PSVR2:
The House of Da Vinci VR
Positivos
- Gráficos limpos, bonitos e detalhados
- Puzzles extremamente inteligentes
- Sons e músicas agradáveis
- A história nos prende até o fim
- Idioma em português brasileiro
Negativos
- Sem reconhecimento de mãos
- As mãos me irritaram em alguns puzzles, mas nada tão importante
- Não usa nenhuma função dos controles SENSE, nem vibração do PSVR2