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Wall Town Wonders – A vida se move lentamente nas paredes | Análise

Analisado no PlayStation VR2


Lançado inicialmente apenas para Meta Quest 3, o anúncio de Wall Town Wonders para PSVR2 foi uma surpresa para todos, afinal de contas o PSVR2 não tem a função de realidade mista que temos no Quest 3 para esse jogo funcionar bem.

O jogo é basicamente um simulador de vida, onde temos que construir lojas, armazéns, aeroportos, fazendas onde plantamos alimentos para suprir a vida de nossos habitantes, parques para lazer e por aí vai, mas diferente de um Sim City ou The Sims, aqui montamos a cidade em nossas paredes, no caso do Quest 3 ele usa a realidade mista, então ao invés de um ambiente virtual temos as paredes reais de nossa casa e nesse caso precisamos sair andando pela sala para interagir com as construções e habitantes pois realmente através dos óculos eles estão “grudados” em nossas paredes.

No caso do PSVR2 não existe a realidade mista, e a desenvolvedora CYBORN resolveu isso criando três ambientes virtuais para construirmos nossa cidade, aqui temos dois apartamentos e a sacada de uma casa em uma vila, que dos 3 ambientes com certeza a sacada é a melhor pois é a única que tem um cenário totalmente em terceira dimensão, no caso dos apartamentos quando olhamos pela janela vemos uma imagem como se fosse uma foto em jpg só que bem desproporcional ao nosso tamanho ou ao cenário em que estamos, vai da escolha do jogador.

A história é basicamente conduzida por missões que devemos cumprir para aparecerem novas construções e habitantes, mas para isso também precisamos de dinheiro, madeira e comida, no começo o jogo vai instruindo o que temos que fazer até aparecerem os primeiros minigames onde devemos repetir várias vezes para juntar recursos, e dar continuidade na história, algumas vezes precisaremos ajudar os habitantes a pescar, regar plantas, matar insetos, colher cogumelos pelo chão, minerar, instruir aviões, dirigíveis ou simplesmente levá-los à encontros amorosos que podem ou não dar certo.

Algumas construções também já nos dão recursos automaticamente, como por exemplo, o comércio local que nos dá dinheiro, o armazém que nos fornece madeira e o ferreiro que nos dá metais.

Os gráficos no PSVR2 são bem bonitos, sem serrilhados ou embaçados, e os ambientes virtuais com certeza são um dos mais bonitos que já vi em realidade virtual, no caso do Quest 3 os gráficos são lindos também, mas apenas das construções e habitantes pois as paredes são as da nossa casa… O som do jogo é bem relaxante e aconchegante, dá pra passar horas lá dentro sem ver o tempo passar.

Uma das minhas críticas no caso do PSVR2 é sobre uma das funções do controle, como o jogo permite que joguemos sentados ou em pé, nesse caso como ele é um “simulador de vida” eu prefiro jogar sentado, então quando preciso agachar no jogo não consigo chegar até o chão, pois só existem dois níveis (em pé, e agachado), pra eu conseguir chegar no chão preciso entrar nas opções e trocar o modo de sentado para em pé, aí sim consigo ficar com a cara no chão, se houvesse um terceiro nível, tipo “rastejando” seria perfeito pois em algumas partes precisamos usar nossa mão para que um personagem suba nela.

Wall Town Wonders é um jogo divertido, com ótimos gráficos, som relaxante, controles bons, mas que traz alguns minigames chatinhos e com o tempo isso pode ficar enjoativo pois precisamos repetir várias vezes para juntar recursos, no mais tive alguns problemas com bugs que me fizeram reiniciar algumas vezes o jogo para conseguir passar, mas felizmente a equipe não para de trabalhar e está sempre atualizando o jogo para que problemas como esse não aconteçam.

Confira o gameplay de Wall Town Wonders no vídeo abaixo:

Wall Town Wonders

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • Gráficos limpos, bonitos e detalhados
  • Sons e músicas agradáveis
  • A história demora para se desenrolar, mas não estressa
  • Idioma em português de Portugal

Negativos

  • Sem reconhecimento de mãos
  • O botão de agachar não vai até o chão
  • As imagens chapadas quando olhamos pelas janelas dos apartamentos.
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