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Empyreal – Ideias interessantes, mas execução irregular | Análise

Analisado no PC


Desenvolvido pela Silent Games e publicado pela Secret Mode em 08/05/2025, Empyreal é um RPG de ação disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X | S. O jogo promete uma experiência focada em combate dinâmico e exploração em um mundo fragmentado por dimensões, mas será que entrega?

Em Empyreal, você assume o papel de um “Cartógrafo Astral”, um viajante capaz de acessar quadrantes dimensionais através de portais. O enredo gira em torno da descoberta de uma ameaça ancestral que corrompe essas realidades paralelas. A narrativa tem potencial, mas é prejudicada pela falta de desenvolvimento emocional dos NPCs e por diálogos que não aproveitam plenamente o conceito intrigante desse universo.

Os personagens são genéricos, com designs que mesclam traços steampunk e futuristas. O protagonista é um típico herói mudo, enquanto os NPCs tentam carregar a trama com suas histórias pessoais, mas sofrem com expressões faciais robóticas que não combinam com a dublagem. A falta de carisma os torna esquecíveis.

O combate é ágil, com ataques corpo a corpo, esquivas e habilidades especiais. As armas são divididas em 3 categorias, “Glaives”, “Maça e Escudo” e “Canhão”. Os Canhões facilitam muito o jogo, deixando o combate em longa distância. Os chefes são o destaque e onde o jogo realmente brilha, exigindo estratégia e timing. No entanto, os inimigos comuns (autômatos esféricos) são repetitivos e numerosos.

O nível do personagem é determinado pelo nível dos equipamentos, o que limita a customização. O sistema de modificação de armas é complexo e mal explicado, exigindo tentativa e erro.

Os mapas são divididos em 4 quadrantes desbloqueados por cartogramas (chaves), mas a abundância deles confunde o objetivo principal. A falta de minimapa e a repetição de cenários frustram, especialmente no quadrante “Profundidade e Silêncio”, onde a escuridão exige ajustes no brilho para evitar quedas mortais.

O estilo artístico mescla ficção científica e fantasia, mas os ambientes são pobres em detalhes. Problemas de performance como quedas de FPS (mesmo em configurações baixas) atrapalham a imersão.

A trilha sonora é atmosférica e bem composta, mas mal distribuída – momentos dramáticos com música calma, enquanto áreas triviais têm temas épicos. Já os efeitos sonoros do combate são satisfatórios.

Empyreal tem boas ideias, como o sistema dimensional e os chefes desafiadores, mas sofre com execução inconsistente. A jogabilidade é funcional, porém sistemas confusos e falta de polimento técnico podem afastar jogadores casuais.

Apesar dos problemas técnicos, é importante ressaltar que Empyreal foi desenvolvido por uma equipe de apenas 12 pessoas. É recomendado para fãs de RPGs de ação que toleram repetição e buscam desafios em chefes.

Empyreal

6.5

Nota

6.5/10

Positivos

  • Combate fluido e chefes memoráveis.
  • Conceito criativo de quadrantes dimensionais.
  • Trilha sonora imersiva (quando bem aplicada).

Negativos

  • Progressão vinculada a equipamentos é limitante.
  • Performance instável e gráficos pouco otimizados.
  • NPCs sem carisma e expressões faciais travadas.
  • Falta de minimapa e design de níveis confuso.

Lucas Brito

Fã de games desde que ganhou aos 6 anos seu primeiro Nintendinho (NES) do seu avô, aprecia boas histórias seja nos jogos, séries ou filmes. Na música, Metalcore é sua paixão, mas curte todo tipo de música Underground.
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