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POPUCOM – Aventura cooperativa com cores, combate e muita diversão

Analisado no PC


Lançado em 01/06/2025 pela Hypergryph, empresa chinesa conhecida por títulos Mobile como Arknights e Ex Astris, POPUCOM surge como uma experiência cooperativa de plataforma que exige não apenas habilidade individual, mas verdadeira sintonia entre os jogadores. Desenvolvido com um visual vibrante e mecânicas bem elaboradas, o jogo se destaca por sua abordagem cooperativa (local ou online), eliminando completamente a possibilidade de um modo solo. O título está disponível para PC, com lançamento anunciado para os consoles PlayStation.

POPUCOM

O enredo, embora simples, cumpre seu papel ao apresentar uma jornada intergaláctica onde os jogadores precisam restaurar o equilíbrio do planeta. A narrativa de Popucom gira em torno de uma missão simples: salvar um planeta alienígena da ameaça da Lua, um vilão com design que lembra muito os chefes do Cuphead, bem expressivo e caricato. A cada fase concluída, os jogadores resgatam Robônzins, pequenos ajudantes mecânicos que trabalham na construção de um míssil capaz de deter a Lua. Essa progressão dá um senso tangível de evolução, já que cada novo recruta adicionado ao time torna o foguete mais completo, criando uma motivação extra para avançar.

Entre uma fase e outra, você volta para a Panqueca, o hub principal do jogo onde os jogadores podem jogar minigames cooperativos e customizar seus personagens, permitindo que cada dupla deixe sua marca visual no jogo. No começo, as opções de aparência são bem limitadas mas conforme você avança, são liberados roupas e acessórios de forma bem orgânica, como recompensa por explorar e completar desafios.

A DLC dos Rabbids que chegou pouco tempo depois do lançamento do game, é até divertida, mas fica aquele gostinho de “poderia ter mais”. Os cosméticos são engraçadinhos, mas não acrescentam nada de realmente novo à experiência.

O grande trunfo de POPUCOM está em sua jogabilidade cooperativa bem executada. Diferente de muitos jogos do gênero, que permitem que um jogador mais habilidoso “carregue” o outro, aqui a progressão depende genuinamente da colaboração. As mecânicas giram em torno da troca de cores, bloqueio de ataques em sincronia e uso combinado de habilidades, criando situações em que a comunicação constante é essencial. Por exemplo, um jogador pode precisar proteger o outro com um escudo contra lasers, enquanto seu parceiro ataca inimigos que só são vulneráveis a uma cor específica. Puzzles que exigem ações simultâneas, como ativar interruptores ou desviar de armadilhas com timing preciso, reforçam a necessidade de coordenação. Apesar da complexidade, o jogo dificulta de forma gradual e sutil fazendo com que até novos jogadores aproveite ao máximo. As mecânicas básicas são explicadas em segundos, mas a medida que o jogo avança, surgem combinações mais complexas.

No quesito apresentação, o jogo se sai muito bem. Os gráficos são coloridos e polidos, com animações fluidas e um design de arte que transmite personalidade. A trilha sonora, embora não marcante, complementa bem o tom descontraído da aventura, enquanto os efeitos sonoros cumprem seu papel de forma satisfatória. O jogo se mantém bem humorado do início ao fim: os personagens têm expressões exageradas, os inimigos são ameaçadores, mas não assustadores, e até as falhas na cooperação viram momentos engraçados.

POPUCOM

POPUCOM é um excelente jogo coop, perfeito para quem busca uma experiência divertida e desafiadora em dupla. A Hypergryph demonstra sua capacidade de criar jogos além do mobile, entregando um título bem polido e cheio de personalidade. Se você gosta de jogos como It’s Takes Two ou Overcooked, mas com uma pegada mais plataforma/puzzle, POPUCOM é uma ótima pedida. A dificuldade é bem dosada, garantindo que tanto jogadores casuais quanto experientes encontrem diversão.

Confira o gameplay de POPUCOM no vídeo abaixo:

POPUCOM

8.7

Nota

8.7/10

Positivos

  • Coop muito bom
  • Progressão satisfatória
  • Estilo visual
  • Desafios na medida certa

Negativos

  • Customização simples

Lucas Brito

Fã de games desde que ganhou aos 6 anos seu primeiro Nintendinho (NES) do seu avô, aprecia boas histórias seja nos jogos, séries ou filmes. Na música, Metalcore é sua paixão, mas curte todo tipo de música Underground.
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