South Park: A Fenda que Abunda Força – Confira nossa análise.

Natália Komori22/11/2017Última Atualização 05/03/2020

Vale sempre lembrar, ou você realmente gosta de South Park ou você tem uma mente aberta.

Sim, os garotos mais desbocados do mundo estão de volta, só que agora atacando de Super-Heróis, que de certa forma, não deixa saudades dos Heróis da Marvel ou da DC, até porque nenhum deles tem nada parecido com o que encontraremos em “South Park: A Fenda que Abunda Força”.

Em relação ao excelente “South Park: The Stick of Truth”, encontramos uma mecânica bem parecida, sendo que continua sendo um RPG, com combates em turnos. Porém, agora o jogo focou mais nas batalhas, não tendo mais que se preocupar com outros elementos como Manas ou Trajes.

Mas vamos começar do começo:

Cartman, Stan, Kyle, Kenny e companhia ficam sabendo do desaparecimento de um gato e de uma generosa recompensa para quem achar o felino e combater os crimes da cidade. Em vez de fantasias medievais, agora nossos garotos colocam seus uniformes e capas a fim de salva o mundo…ou quase isso. Se você teve a sensação de já ter visto isso, saiba que o jogo foi inspirado no episódio 183, chamado de The Coon, onde conhecemos o alter-ego de Cartman.

Antes de mais nada, criaremos o nosso personagem, o Novato, que chegou a pouco tempo em South Park. E o editor de personagem está quase que perfeito, deixando-nos bem a vontade para criarmos algo a altura do jogo. Um detalhe, ao escolhermos a cor da pele do personagem, vamos estabelecendo a dificuldade do jogo. Logo depois escolhemos uma classe de heróis e já estamos pronto para lutarmos pela justiça…se é que pode se ter alguma com esses garotos. Ahh, não se preocupe com a classe que escolher, com o decorrer do jogo, mais classes serão abertas.

E se vamos enfrentar os vilões, fique sabendo que apesar de agora ser em turnos, temos a adição dos famosas grelhas ou quadrados para uma melhor colocação de nosso personagem ao combate. Agora será essa localização que ajudará, ou não, na potencialização dos danos ao inimigo quando usamos nossas habilidades.

Apesar de parecer, e realmente ser, simples, saiba que a variação deles é muito boa, o que torna os combates divertidos. Ao final de cada fase, ganhamos acesso a outras classes, sendo que podemos a qualquer momento personalizar o Novato com diferentes habilidades de várias classes. Falando em classes, agora temos também diversos artefatos que podemos comprar e upar. No meio de tantas controvérsias sobre microtransações, saiba que isso não existe no jogo. Para conseguir a moeda há um sistema de crafting, quebrando várias locais do cenário.

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Cada artefato vai ter um nível e uma mudança que aumenta os seus atributos. Temos que liberar os espaços no DNA para conseguir incluir mais artefatos que darão um maior poder. A Liberação de espaço no DNA só acontece com o aumento do seu nível.

Este jogo com certeza é mais tecnológico do que o primeiro, nele temos um tablet onde acessamos diversos aplicativos como Guaxingram, Ficha de personagem, Inventários, Artefatos, Poderes e etc…

Guaxingram é a rede social do momento, nele precisamos tirar selfies com as pessoas para ter o máximo de seguidores. Já no inventário encontraremos tudo que pegamos no decorrer do jogo.

Além da missão principal, como qualquer jogo de RPG que se preze, temos diversas missões secundárias.

Apesar de termos alguns cenários novos, fique sabendo que a maioria é parecido com o jogo passado. Isso de certa forma não é ruim, até porque os escritores Trey Parker e Matt Stones, que são os criadores de South Park, aproveitam cada cenário para que nossos garotos falem de assuntos como religião, sexo, politica e tudo mais, com aquele humor característico da animação. Nós até achamos que “A Fenda que Abunda Força” está mais “leve”, se isso é possível, do que o “The Stick of Truth”. Mesmo assim, se prepare para uma enxurradas de piadas e uma narrativa sensacional.

O gráfico do jogo segue a mesma linha cartunesca que o desenho, e uma das coisas mais legais é que temos a total localização do game. Sim, os dubladores são os mesmos do desenho animado o que torna o jogo ainda mais atraente.

Mas e aí, o jogo não tem coisas ruins? Sim, tem sim. Se o game manteve os mesmos pontos positivos que o primeiro, saiba que ele também manteve alguns pontos falhos. A primeira coisa, como já falamos é ter tornado o jogo um pouco mais leve do que o primeiro. Mesmo ainda desbocados nas piadas, não tem como negar que houve uma atmosfera mais leve. Isso, para quem curte o desenho, foi um ponto negativo.

Outra coisa chata são os loadings, que mesmo para um game um pouco mais simples, são bem demorados. E pode se preparar, pois são muitas e muitas telas de loadings. O jogo também tem partes que perde muito o ritmo, fazendo, muitas vezes, de pensarmos em desistir do jogo.

Mas não desista não. O jogo é muito divertido e vale muito a pena terminar. A história, para quem gosta do gênero, é sensacional e a dublagem do jogo nos dá uma imersão ainda maior.