Evil Dead: The Game – Extremamente fiel ao filme | Análise
Como uma adaptação Evil Dead: The Game é extremamente fiel ao filme, ainda que seja pouco conhecido do grande público.
Analisado no PlayStation 5
Evil Dead: The Game é uma grande homenagem ao filme The Evil Dead, um clássico trash da década de 80, porem com um enorme carinho entre os fãs do gênero
Em 1981 o Diretor Sam Raimi, que também dirigiu o recente Dr. Estranho no MultiVerso da Loucura, apresentou um dos filmes mais controversos da história do cinema e que causou enorme alvoroço na época por expor de forma escrachada e sanguinolenta o quão perigoso é encarar uma entidade demoníaca.
Mesmo sendo baseado num filme de baixo orçamento, não podemos dizer que Evil Dead: The Game também seja um produto dessa natureza, afinal, ele traz Bruce Campbell, o mesmo ator de interpretou o personagem Ash Williams como um personagem, ele inclusive participou de diversas entrevistas e comerciais para divulgar o game.
A fidelidade com os cenários, ambientação e até mesmo efeitos sonoros são significativas e funcionam como um convite aos que ainda não assistiram ao filme. Há também uma série na Netflix, que alias é muito divertida, mas serve apenas como referência ao clássico original, tendo outra história, personagens e desfecho.
O título desenvolvido pela Saber Interactive, a mesma de World War Z não traz mudanças ou novidades a esse estilo de gameplay, mas acrescenta uma genuína pancadaria visto que são 4 personagens controlados por jogadores, incluindo o Boss principal.
Essa dinâmica funciona quase como um Battle Royale pois é possível lotear durante a jogatina online e em muitos momentos a escolha certa das armas é o que irá garantir sua sobrevivência no jogo.
Temos o Kandariano, literalmente o demônio casca grossa do game, que pode invocar magias, zumbis e tudo do mais demoníaco possível para atazanar a vida dos sobreviventes. Já os personagens principais, são baseados no filme e pouco divergem das atribuições sendo mais versões diferentes do Ash Williams
Nas partidas online que é onde mora a diversão do game, temos uma grande área a ser explorada e ainda que seja de uma forma linear, existem inúmeros itens espalhados pelo mapa e algumas armadilhas podem garantir bons sustos no decorrer a exploração.
A falta de opções em modos offline pode afastar aqueles que não tem por hábito o co-op e o tema seria propício para que os desenvolvedores criassem ao menos missões com foco em outros personagens.
Ao alcançar determinada área e ativar os objetivos, uma horda de demônios surgem de forma frenética o qual você é obrigado a permanecer e defender ou literalmente resistir. Aqui temos um ponto onde é o tal “ame ou deixe-o”. Ainda que seja sozinho ou online, enfrentar uma horda de inimigos requer do game uma jogabilidade fluida e isso não ocorre em Evil Dead: The Game.
Seu personagem não pula, não se esquiva de forma eficiente e está literalmente grudado ao chão o que faz com que você seja golpeado muito facilmente de diversos ângulos possíveis. A mobilidade é um problema e ainda que você tenha a seu dispor armas, como a famosa motosserra e tantos outros itens, é praticamente certo que haverá uma confusão em tela.
O efeito gore é notável e faz jus ao filme uma vez que seu personagem fica banhado de sangue conforme avança pela carnificina gratuita, porem por ser um game visualmente escuro, toda a bagunça no enfrentamento das hordas pode causar uma leve sensação de perda de controle da situação.
Como uma adaptação Evil Dead: The Game é extremamente fiel ao filme, ainda que seja pouco conhecido do grande público. Bom seria uma atenção maior ao level design que embora divertido, passados 2 ou 3 horas de gameplay já não há muito o que se fazer no game.